quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Governo federal anuncia reajuste de 7,86% a professores

Brasília - O Ministério da Educação definiu hoje o reajuste para o piso salarial dos professores: 7,86%. Com o índice, professores da rede pública de ensino devem receber no próximo ano, por uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, pelo menos R$ 1.024,67 - R$ 255,05 a mais do que o salário médio do brasileiro em outubro. O valor foi anunciado hoje pelo o ministro da Educação, Fernando Haddad, depois de uma consulta à Advocacia Geral da União (AGU) sobre como fazer o cálculo do aumento.
A lei que institui o salário mínimo da categoria, de 2008, afirma que o piso deve acompanhar o reajuste do valor custo-aluno do Fundeb. A dúvida era se tal regra deveria ser aplicada sobre o valor projetado para 2010 ou o efetivamente aplicado em 2009 - comparado com 2008. A AGU considerou mais adequada a segunda alternativa. Se as contas fossem feitas com o valor projetado do custo-aluno, o salário mínimo da categoria seria de R$ 1.415,97.
O ministro, no entanto, alertou que a decisão da AGU não é vinculante e, por isso, é passível de contestação na Justiça. Embora o desfecho tenha apontado pelo menor índice de reajuste, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CMN), Paulo Ziulkoski, afirma que boa parte das prefeituras terá dificuldade em arcar com novos custos, principalmente em 2010, quando municípios terão de obedecer o piso definido pela lei.
Ao anunciar os dados, porém, Haddad garantiu que Estados e municípios teriam condições de arcar com o reajuste. Ele listou três fatores como justificativa. O primeiro seria o aporte adicional de R$ 1 bilhão do governo federal para Estados e municípios, resultado do aumento dos repasses para merenda e transporte escolar. "O valor representa 2,5 mais do que havia sido solicitado por governadores e prefeitos", disse o ministro.
A segunda razão apontada foi o aumento das transferências da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de R$ 5,07 bilhões em 2009 para R$ 7 bilhões em 2010. "Com essas alterações, o reajuste de 7,86% é suportável", avaliou. Outro motivo para Estados e municípios honrarem os compromissos seriam as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para 2010, que indicam crescimento de 5% na arrecadação.
Quando a lei do piso salarial foi aprovada, cerca de 37% dos professores recebiam menos do que o fixado na época, afirmou o ministro. O restante, ganhava por mês quantia equivalente ou superior ao que havia sido definido pela lei. Atualmente, não há estimativas de quantos municípios ainda não conseguiram pagar o valor completo.
Um estudo do Ministério da Educação feito neste semestre mostra que o salário médio de professores do País era de R$ 1.527 em 2008, quase R$ 600 a mais do que a média nacional. Em 16 Estados brasileiros o salário do professor era ainda inferior à média nacional.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

As Tradições de Natal em todo o mundo

A Ceia de Natal


A Ceia de Natal é diferente em cada país, cada povo comemora o natal de uma maneira diferente e em cada mesa as comidas também diferem de país para país.

- No Brasil a tradição é o Peru de Natal, o Tender e o Chester, bem como as frutas tropicais (abacaxi, melão, mangas, uvas, etc).
- Na Alemanha os pratos mais tradicionais são a base de carne de porco, incluindo enchidos, chouriços e salsichas.
- Nos Estados Unidos o peru também é tradicional e as rabanadas fazem a alegria das crianças.
- Na França pratos a base de molhos brancos, com ervilhas e grãos se fazem presentes todos os anos.
- Na Itália não pode faltar o peru, as massas tradicionais e bom vinho tinto.
- Em Portugal o prato tipico do Natal é o Bacalhau com Batatas e também o peru recheado.

A história do Pai Natal

A história do Pai Natal dizem que começou há muitos séculos provavelmente em 330 d.C, quando um bom velhinho chamado São Nicolau nascido em Petara (Turquia) que era bispo de Mira, distribuia presentes para as crianças mais pobres. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.
O bom velhinho que os brasileiros chamam de Papai Noel e os portugueses chama de Pai Natal tem outros nomes nos outros países? Isso mesmo cada país tem um idioma, ou seja fala-se idiomas diferentes na França, na Inglaterra, na Itália, na Alemanha. Vamos conhecer na lista que segue abaixo os diferentes nomes do Pai Natal:
Alemanha – Kriss Kringle (Criança de Cristo)
Espanha – Papa Noel
Finlândia – Joulupukki
Rússia – Grandfather Frost
Itália – Babbo Natale
Dinamarca – Juliman
França – Pere Noel
Canadá – Santa Claus
Holanda – Kerstman
Japão – Jizzo

Feliz Natal em outros idiomas:

Albanês – Gëzuar Krishtilindjen
Alemão – Fröhliche Weihnachten
Armênio – Shenoraavor Nor Dari yev Pari gaghand
Basco – Zorionak
Bósnio, Croata, Sérvio – Sretan Božić
Castelhano – Feliz Navidad ou Felices Pascuas
Catalão – Bon Nadal
Coreano – Chuk Sung Tan
Esperanto – Gajan Kristnaskon
Finlandês – Hyvää joulua
Francês – Joyeux Noël
Galês – Nadolig Llawen
Georgiano – Kristas Shobas
Grego – Καλά Χριστούγεννα
Holandês – Prettige Kerstfeest
Inglês – Merry Christmas ou Happy Christmas

A história da árvore de Natal

A história da árvore de Natal começou na Alemanha na Idade Média, certo dia Martinho Lutero, estava a andar por uma floresta repleta de pinheiros, olhou ao céu e o viu coberto de centenas de estrelas brilhantes. Ficou tão fascinado que ele decidiu pegar um pinheiro e colocar enfeites de Natal, em celebração ao nascimento do Menino Jesus. Muitos enfeites podem ser colocados na árvore de natal, desde bolas coloridas, bonecos, luz pisca-pisca que representam as estrelas e a ponteira em forma de estrela guia (a estrela que guiou os reis magos até o local de nascimento de Jesus).

As tradições e Comemorações em Diversos Países do Mundo

Suécia - As festividades de Fim de Ano, tem inicio no dia 13 de Dezembro dia de Santa Luzia. AS celebrações iniciam-se com uma procissão por diversas cidades do país com uma tocha acesa.
Austrália - Como a Austrália assim como o Brasil estão localizados no hemisferio sul e nesta época do ano, dezembro é o mês de verão, muitas pessoas comemoram o Natal na praia e os presentes são trocados somente no dia 25 de Dezembro e não na noite de Natal como é comum em muitos países.
Japão – Embora somente uma minoria da população seja católica, os cristãos japoneses comemoram o Natal como no Ocidente, com a ceia de natal, a árvore de natal e a troca de presentes na noite de 24 de Dezembro.
Finlândia - Considerada a terra do pai natal, mais especificamente na Lapônia é considerado um dos mais belos lugares do mundo, e onde a cultura do Natal é considerada a mais forte do mundo.Como o país é muito frio algumas familias na noite de natal antes da ceia costumam fazer saunas para poderem se aquecer, a lareira também é muito importante não só pelo frio que lá faz, mas como é por onde segundo a lenda o Pai natal entra na casa.
Inglaterra - As tradições natalinas são fortemente difundida, a ceia deve ter a familia toda reunida, a decoração de natal deve ser completa com direito a arvore, luzes, etc.
Itália - As familias costumam assistir a Missa do Galo celebrada a meia noite do dia 24 de Dezembro no Vaticano, e após a missa seguem para suas casas para a ceia de Natal onde é feita a troca dos presentes.
Brasil - No Brasil a festa de Natal apesar da arvore de natal, luzes e enfeites, a festa não é tão típica como nos outros países. Geralmente as famílias costumam dançar e ouvir musicas que não são de Natal, a troca dos presentes de natal pode ser feito através do amigo secreto ou amigo oculto, onde cada pessoa tem de adivinhar que vai lhe oferecer o presente, tornando a festa uma grande brincadeira

domingo, 20 de dezembro de 2009

NOTA OFICIAL -UERN COMUNICA CANCELAMENTO DO PSV 2010

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte informa que neste domingo, dia 20 de dezembro de 2009, ao dar início à aplicação das provas do Processo Seletivo Vocacionado 2010, identificou em algumas salas desencontros na lista dos candidatos/sala com os dados constantes no cartão de inscrição.
A Comissão Permanente do Vestibular decidiu por cancelar todo o processo, prevenindo assim eventuais prejuízos aos candidatos.
A UERN informa ainda que abriu processo administrativo para apurar junto à empresa responsável pelo PSV, a AOCP (PR), as responsabilidades pelo erro de processamento e para adoção das providências cabíveis.
A UERN tranquiliza todos os candidatos e seus familiares, bem como toda a comunidade acadêmica, assegurando que serão adotadas todas as providências para que o PSV seja aplicado em período posterior, observadas as datas mais adequadas e sem custos adicionais para os candidatos, com ampla divulgação.
Informamos ainda que os fiscais que trabalharam neste primeiro dia do PSV receberão seus honorários sem nenhum prejuízo, assim como continuarão cadastrados para a nova etapa do processo.
Agradecemos a compreensão de todos.

Prof. João Batista Xavier
Presidente da Comperve


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Câmara muda regra de correção de piso salarial de professor

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto de lei 3776/08, do Executivo, que determina o uso do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para a revisão, em janeiro de cada ano, do piso salarial brasileiro para o magistério público da educação básica. A matéria deve ser votada ainda pelo Senado.
O governo pretende mudar a lei de criação do piso, sancionada neste ano, para evitar um "aumento contínuo" dos gastos com pagamentos aos professores. Isso permitiria, segundo o Executivo, que o dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) fosse usado para outras despesas, como construção de escolas, compra de material de ensino e universalização do uso da informática.
A lei que criou o piso nacional (11.738/08) adota, como índice de correção, o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Esse valor é definido nacionalmente de acordo com o número de matrículas.
Ao usar o INPC para corrigir o salário dos professores, o governo pretende desvincular a correção do crescimento do número de matrículas e da própria elevação do número de profissionais que ganharão o piso da categoria.



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Leitura melhora a função cerebral em crianças

Crianças com dificuldades de leitura e que passaram por um treino intensivo de seis meses mostraram que, além da habilidade de leitura também aumentaram a conectividade de uma determinada região do cérebro, o que proporcionou uma melhora cognitiva, diz estudo do Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH), EUA.
“Nós sabíamos que o treino comportamental podia melhorar as funções cerebrais”, diz Thomas Insel, do NIMH. “Mas o grande achado foi detectar as mudanças nos padrões de conectividade cerebral com o treino. Essa descoberta a partir de pacientes com déficits de leitura sugere que é possível tentar novas estratégias no tratamento de alguns transtornos mentais, que afetam circuitos neurais específicos.”
Treino intensivo
O estudo, publicado no periódico Neuron, foi conduzido por Marcel Just da Universidade de Carnegie Mellon, com crianças na faixa dos 8 anos de idade. A pesquisa partiu de quatro métodos diferentes com aulas de reforço de leitura. O foco dessas aulas eram aumentar a habilidade dos participantes de interpretar palavras pouco familiares.
As aulas foram dadas 5 dias por semana durante 6 meses, com média de 50 minutos de duração (100 horas no total). Os resultados positivos foram observados nos participantes de todos os grupos e, portanto, unificados no resultado final.
Os participantes também tiveram suas funções neurais monitoradas através de tecnologias que avaliavam a atividade cerebral por imagens. No início do estudo, as crianças com dificuldades de leitura mostravam uma pior qualidade no fluxo de informação através da região do cérebro denominada centro semi-oval anterior esquerdo.
Após os seis meses do experimento, com o treino intensivo de leitura, os indivíduos com dificuldade mostraram melhoras significativas nessa área, além de compreender melhor os textos que liam. O grupo de controle, que não havia tomado parte das aulas de reforço, não mostrou nenhuma diferença, o que descartou a possibilidade de maturação natural do cérebro.
Entretanto a associação entre leitura e mudanças na plasticidade cerebral ainda não estão claras, ou seja, se o processo de melhora, através de treino, de decodificação das palavras causa a mudança nas conexões neurais ou se a mudança na estrutura cerebral é responsável por uma melhora na interpretação de texto. De qualquer forma a leitura parece exercer uma influência positiva no cérebro.
“Nossos achados enfatizam os lados positivos de treinos comportamentais que aumentem a habilidade de leitura, mas isso pode levar a novos tratamentos de outras condições e transtornos mentais que estejam relacionados com a conectividade cerebral, como o autismo”, pontua Just.



sábado, 12 de dezembro de 2009

Justiça dá benefício especial para a Educação

Os professores que atuam, ou já atuaram, como diretor de escola, coordenador ou assessor pedagógico podem contar esse tempo para garantir a aposentadoria especial, da mesma forma que aqueles que só trabalharam dentro da sala de aula.
A decisão é do STF (Supremo Tribunal Federal), que publicou ontem, no "Diário Oficial da União", a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) sobre o tema. Segundo o STF, o processo terminou --ou seja, não há possibilidade de recurso e a decisão deve ser seguida em todo o país

MEC fixa data para criança entrar no 1º ano

O Ministério da Educação decidiu enviar projeto de lei ao Congresso que prevê que só poderão entrar no ensino fundamental (1º ao 9º ano), público ou privado, crianças que completarem seis anos até 31 de março. Já o Senado aprovou ontem texto contrário, que permite o ingresso aos cinco anos.
O MEC defendia que o "corte" deveria ser o "início do ano letivo", o que poderia variar entre as redes de janeiro a março. Por isso, resolveu agora fixar uma data única. A mudança foi decidida na segunda-feira (7), após reunião com gestores estaduais e municipais. O projeto deve ser enviado ao Legislativo ainda neste ano.
O governo Lula tenta padronizar a entrada das crianças no fundamental, uma vez que Estados e municípios têm adotado lógicas diferentes.
Com critérios divergentes, há dificuldades quando o estudante precisa mudar de rede. Além disso, escolas particulares disputam para ver quem aceita crianças mais novas. O Conselho Nacional de Educação recomenda o "corte" no início do ano letivo, o que é seguido por Estados como Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Quem completa seis anos após esse limite deverá estar na pré-escola e entrar no fundamental apenas no ano seguinte. Mas, como a recomendação não tem força de lei, Estados têm aceitado crianças com cinco anos na educação fundamental, desde que completem seis durante o ano letivo.
O Conselho Estadual de São Paulo permite que o aluno complete seis anos até o fim de junho; Mato Grosso do Sul e Paraná aceitam até dezembro.
O MEC pensava desde o meio do ano em padronizar uma data. Chegou a desistir da ideia, mas retomou depois que começaram a aparecer os critérios divergentes entre as redes.
Se aprovada pelo Congresso, a nova lógica definida pelo governo valerá para alunos que ainda vão entrar na pré-escola. Não está definido o que ocorrerá com as que já cursam essa etapa e estão prestes a entrar na educação fundamental.
Divergências
Por trás da confusão, está a discussão de qual idade a criança deve ser alfabetizada. O MEC entende que uma criança de cinco anos é muito nova para entrar no ensino fundamental e começar o processo.
O presidente da federação das escolas privadas, José Augusto de Mattos Lourenço, discorda da lógica. O próprio MEC, diz Lourenço, recomenda que o 1º ano do fundamental deva ser parecido com o último ano da antiga pré-escola.
A partir do ano que vem, o fundamental passa de oito para nove anos de duração, incorporando um ano da pré-escola.
"O que MEC anunciou agora não muda nada. Defendemos o 'corte' em 31 de dezembro.
Criança de cinco anos pode começar a ser alfabetizada, como já ocorre na pré-escola das particulares", afirmou Mattos.
Projeto aprovado ontem pela Comissão de Educação do Senado tem caráter semelhante --libera a entrada da criança aos cinco anos. "Podemos ter um currículo adequado ao desenvolvimento da criança", disse o senador Flávio Arns (PSDB-PR), autor da proposta.
Se não houver recurso de nenhum senador, o projeto segue para a Câmara; se aprovado, vai para análise de Lula.
Além do fundamental de nove anos, o MEC planeja normatizar a pré-escola (quatro e cinco anos), que será obrigatória a partir de 2016, conforme regra que entrou em vigor em novembro. A ideia é proibir repetência e avaliação com nota nessa etapa

Conselho autoriza alunos de 5 anos no ensino fundamental em 2010

Crianças de cinco anos de idade que já tiverem cursado dois anos de pré-escola poderão entrar no ensino fundamental de nove anos em 2010. A decisão foi tomada na quinta-feira (10) pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) e vale exclusivamente para o ano que vem.
Para entrar em vigor, a medida ainda necessita ser homologada pelo ministro Fernando Haddad (Educação), o que deve ocorrer nas próximas semanas.
O objetivo do conselho foi evitar que se repitam casos de crianças que estão sendo obrigadas pelas escolas a repetirem algum ano na educação infantil porque não tinham seis anos completos para ingressar no ensino fundamental.
"Não queremos mais deixar acontecer essa situação patética de ter que explicar para uma criança que todos os seus colegas vão para o primeiro ano, menos ela", disse o conselheiro César Callegari.
O problema está acontecendo porque, na maior parte do país, a idade mínima para o ensino fundamental é de seis anos, como determinou o CNE em 2005; em outros lugares, porém, estão sendo aceitas crianças de cinco anos.
2011
A posição do conselho para 2011 em diante foi mantida no texto aprovado ontem: depois de 2010, só poderão ser matriculadas no fundamental crianças que completarem seis anos até o dia 31 de março.
Já na pré-escola, só poderão entrar crianças com quatro anos completos também até essa data. Esse é também o teor de um projeto de lei que o MEC (Ministério da Educação) pretende enviar ao Congresso até o fim deste ano.
Para o presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Carlos Eduardo Sanches, a resolução proposta pelo CNE está correta, mas o problema só será resolvido quando as regras forem colocadas na lei.
"Só as resoluções do CNE não são suficientes para os questionamentos judiciais que estão acontecendo", afirma Sanches. Isso ocorre porque alguns juízes entendem que Estados e municípios têm autonomia para definir a idade de entrada na escola em suas redes.
Com isso, governos estaduais e prefeituras estão sendo obrigados pela Justiça a matricular crianças mais novas. Isso aconteceu principalmente nos Estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul.
Capacidade de abstração
João Batista Araújo e Oliveira, especialista em alfabetização e presidente do Instituto Alfa e Beto, defende que a idade mínima para a entrada no ensino fundamental seja de seis anos.
"Aos seis, a maioria das crianças já está pronta do ponto de vista neurológico para os desafios de uma tarefa que exige abstração, como alfabetizar", afirma. Nessa idade, os alunos também têm uma capacidade de concentração maior, explica.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Semana pedagógica: o que não pode faltar

Se é verdade que um bom planejamento evita problemas posteriores, certamente a primeira semana do ano é a mais importante para qualquer escola: é quando os gestores e a equipe pedagógica se reúnem para projetar os próximos 200 dias letivos e fazer a revisão do Projeto Político Pedagógico (PPP) - o documento que marca a identidade da escola e indica os caminhos para que os objetivos educacionais sejam atingidos. É o momento de integrar os professores que estão chegando, colocando-os em contato com o jeito de trabalhar do grupo, e, claro, mostrar os dados da escola para todos os docentes, além de apresentar as informações sobre as turmas para as quais cada um vai lecionar.
Antes de produzir esta reportagem, perguntamos a diretores e coordenadores pedagógicos, em nosso site, quais as principais dúvidas em relação à semana de planejamento. Recebemos 45 mensagens, questionando desde como organizar os encontros (e quem deve participar deles) até incertezas sobre os temas a debater. Para ajudar esses e outros leitores, sugerimos um cronograma para cinco dias de planejamento, com indicações sobre o que fazer em cada um deles e ideias práticas para conduzir os trabalhos.
Organização
A semana pedagógica, nunca é demais lembrar, não se restringe a esse período - pelo menos para os gestores. Érika Virgílio Rodrigues da Cunha, professora de Didática, Currículo e Avaliação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), afirma que o diretor deve planejar com antecedência, executar a agenda definida e acompanhar os resultados durante o ano. A preparação prévia está reunida no quadro abaixo, e as dicas para garantir um bom acompanhamento dos resultados, no último quadro desta reportagem. O planejamento da semana em si ocupa as próximas páginas.
Uma regra geral é começar o encontro pela discussão dos grandes temas e depois partir para os desafios específicos. Para o presidente da Comissão de Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Rubens Barbosa de Camargo, a melhor maneira de fazer isso é preparar bons diagnósticos. "As decisões essenciais decorrem da reflexão sobre os rumos que a escola quer percorrer", diz.
O cronograma apresentado a seguir é apenas uma sugestão para ajudar você no planejamento da semana. Dependendo do tamanho da sua equipe docente e da escola, faça as adequações necessárias.
E um 2010 bem planejado para todos!
Primeiras providências
Reúna a equipe gestora alguns dias antes para preparar a semana. Algumas ações devem ser realizadas:
- Montagem do calendário da escola
Com base na programação oficial da Secretaria de Educação (em que constam feriados, recessos e eventos de rede), planeje o calendário da escola, reservando datas para reuniões periódicas, como as de pais, do Conselho de Escola e da Associação de Pais e Mestres. Eleja alguns dias para eleição dos representantes de classe, feiras de Ciências e de livros, confraternizações e festas ou outro evento que a escola costume realizar. Peça ao coordenador para sugerir dias e horários para o trabalho pedagógico coletivo (geral, por área e por série).
- Consolidação dos dados da escola
Faça uma tabela com os principais dados da escola - número de matrículas iniciais e finais e as taxas de aprovação, repetência e distorção idade-série , os resultados de avaliações e planilhas de aprendizagens dos alunos.
- Planejamento do tempo
Monte um cronograma da semana pedagógica baseado na quantidade de dias que a escola dispõe para o encontro.
- Organização do espaço
Calcule quantos grupos de trabalho serão formados durante os encontros e combine com o pessoal da limpeza para que os espaços estejam limpos e organizados. Exponha as produções de alunos e professores em corredores e nas salas de aula para criar familiaridade e valorizar o trabalho realizado pelos alunos.
- Previsão de alimentação
Como receber a equipe? Com um café da manhã de boas-vindas? Então é preciso contar com a presença das merendeiras no local e preparar um espaço para essa recepção. Se a equipe vai se reunir por alguns dias, planeje os momentos em que ocorrerão as pausas e o almoço e o que será servido. Peça que as merendeiras organizem o cardápio e façam as compras necessárias.
Evite!
Não perca tempo com dinâmicas de grupo e leituras de texto de "motivação" - práticas que não levam à melhoria da aprendizagem. A maneira mais eficaz de estimular a equipe é garantir um bom ambiente de trabalho e compartilhar metas



Inclusão na escola é abaixo da ideal, diz movimento

Para chegar a 2022 com todas as crianças e os jovens de 4 a 17 anos na escola, o Brasil precisará se esforçar mais, alerta o segundo relatório do movimento Todos Pela Educação, divulgado na quarta-feira (9) em São Paulo.
Organizado por empresários e lideranças da sociedade civil, o movimento estipulou há três anos cinco grandes metas a serem alcançadas.
Neste ano, o relatório enfatizou o acompanhamento de duas delas: a de atendimento escolar e a de ter todos os jovens com o ensino médio concluído até os 19 anos. Para as demais, não há dados mensuráveis ou atualizados.
A partir de dados do IBGE, o documento mostra que, em 2008, 91,4% das crianças de 4 a 17 anos estudavam. A meta intermediária prevista para esse ano era de 91,9%.
O relatório mostra também que menos da metade (47,1%) dos jovens concluiu o ensino médio aos 19 anos. Para este indicador, a meta intermediária foi cumprida com folga --o objetivo era ter 43,9%.
"O que a gente observa é que o Brasil melhorou, mas não na velocidade desejada. Nas duas pontas, pré-escola e ensino médio, o país precisa fazer um esforço muito grande ainda", resume o coordenador do Todos Pela Educação, Mozart Ramos.
O movimento também estabelece metas por Estado. No caso do atendimento escolar, só a Bahia superou com folga sua previsão para 2008.
Em 20 Estados (São Paulo inclusive), os percentuais ficaram ligeiramente acima ou abaixo do projetado. Como há uma margem de erro nos dados do IBGE, não é possível dizer se o objetivo foi alcançado.
Em seis casos (Alagoas, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás), identificou-se que os Estados não cumpriram as metas, mesmo considerando a margem de erro.
Como na faixa de 7 a 14 anos 98% das crianças já estudam, a coordenadora da pesquisa, Regina Madalozzo, lembra que as populações de 4 a 6 anos e de 15 a 17 que exigem maior esforço. No primeiro caso, há 17% de crianças fora da escola. No segundo, 19% não estudam.
Especialmente no caso da educação infantil (destinada a crianças de zero a cinco anos), Regina diz que o brasileiro ainda não dá a devida importância, pois há várias pesquisas que mostram que o aumento da escolaridade nessa faixa etária facilita a alfabetização e aumenta a possibilidade de conclusão do ensino médio.
Ao analisar as perspectivas futuras, Mozart Ramos destaca dois fatos positivos divulgados recentemente: o fim da DRU (Desvinculação das Receitas da União) e a aprovação da emenda que amplia de 6 a 14 anos para 4 a 17 anos a faixa etária de escolarização obrigatória.
A DRU é um mecanismo que retirava anualmente cerca de R$ 10 bilhões do MEC por ano. Com seu fim, o ministério estima que, já para 2010, terá mais R$ 7,7 bilhões, cerca de um quinto de seu orçamento atual.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Entre dois Saberes

Experiência profissional aliada a uma boa didática e conhecimento sobre novas tecnologias podem superar a titulação acadêmica, até então imbatível, na definição de contratação das instituições de ensino superior. Nesse novo cenário, professores cada vez mais jovens ocupam o centro das salas de aula e geram um novo fenômeno na educação. Docentes com menos experiência, mas familiaridade com relação ao mercado de trabalho e às novidades tecnológicas, dividem espaço com profissionais que acumulam anos de docência, mas, naturalmente, têm maior resistência a mudanças e menos intimidade com recursos tecnológicos e o mercado de trabalho. Portanto, a questão que se coloca para as áreas de gestão de recursos humanos das instituições de ensino é: como agregar, valorizar e aproveitar as melhores características desses dois perfis de docentes que dividem a atenção dos alunos?

"As instituições procuram cada vez mais profissionais que sejam capazes de auxiliar na produção da aprendizagem, que sejam verdadeiros facilitadores e tragam consigo uma boa experiência de mercado, já que as disciplinas também estão mais voltadas para atender às exigências atuais do próprio mercado", afirma Carlos Afonso Gonçalves da Silva, diretor de operações acadêmicas da Anhanguera Educacional. "O diletantismo do passado cedeu espaço para uma carreira bem estruturada que chama a atenção do mercado e que transformou a atividade de professor universitário em uma opção economicamente interessante", completa Carlos Afonso, o que explicaria por que cada vez mais jovens e profissionais liberais estão sendo atraídos para o magistério de nível superior.
Justamente pela valorização das instituições de ensino a esse novo perfil de "profissional-docente", um certo mal-estar pode acometer os corredores das universidades, pelo sentimento de desvalorização entre os "docentes-profissionais". Lucia Helena da Silva, diretora administrativa da Etep Faculdades, acostumada a implantar planos de recursos humanos, admite a dificuldade de colocar novas ideias em prática, mas aponta alguns caminhos possíveis para driblar resistências. "Em qualquer instituição de ensino existem estágios diferenciados de públicos, inclusive no quesito idade e experiência profissional. É preciso ajustarmos sempre o nosso discurso a cada um desses públicos, ou nunca vamos conseguir quebrar os paradigmas existentes. A resistência natural às inovações e mudanças, principalmente da parte dos mais velhos, será cada vez maior", diz.
Marcos Formiga, professor do curso de engenharia da Universidade de Brasília (UnB) e estudioso do uso de tecnologias educacionais, diz que o que retarda a evolução do ensino superior é o perfil do professor. "A maioria não gosta de mudança e se acomoda naquele espaço de manobra. Quando elas vêm, não reage e é vencido com o tempo."
Para ele, muitos ainda se esforçam para serem tradicionais, têm aversão à tecnologia e impõem aulas muito teóricas. "Esse método não funciona mais. Acredito que daqui para a frente será fundamental mudar a atitude dentro da sala de aula. Aprendo diariamente com os alunos, é uma simbiose coletiva", sugere.


Renato Casagrande, pró-reitor de graduação, planejamento e avaliação da Universidade Positivo, afirma ser difícil identificar se essa resistência é aversão ou medo. Na opinião dele, a resposta pode estar no fato de a maioria dos professores universitários não ter sido formada para a docência. "Já que aprenderam na prática, muitos docentes tiveram como modelo os próprios professores." Daí a necessidade de investir em formação específica para o ensino superior. "É fundamental para haver evolução no processo de aprendizagem", ressalta.
No entanto, há quem discorde dessa disputa. Josiane Tonelotto, pró-reitora acadêmica da Universidade Anhembi Morumbi, defende que a concorrência entre os dois perfis profissionais está no imaginário das pessoas. "O que acontece no dia a dia é mais uma aliança entre os dois níveis de professores, já que os mais novos buscam a sabedoria dos mais velhos, enquanto os mais velhos procuram ter um pouco da energia dos mais jovens."
Alguns docentes com décadas de experiência, inclusive, veem como positiva a disputa entre os professores mais jovens e aqueles com muitos anos de carreira.
"O segredo para a minha energia, apesar dos meus 70 anos, é a minha paixão por absorver conhecimento e por tentar entender as inquietações e os questionamentos cada vez maiores dos mais jovens, sejam eles alunos ou meus pares.
Eles são mais instigadores e aí se estabelece uma troca maior entre as nossas gerações", diz um professor da Universidade de São Paulo, que prefere não ser identificado.
Josiane admite, no entanto, que mudanças estão ocorrendo, principalmente no perfil do que se espera desses professores.
"A mudança foi muito mais de postura. O novo perfil dos nossos professores exige que eles tenham uma habilidade a mais, agreguem uma constante atualização tecnológica e consigam conferir autonomia ao aluno, permitindo que ele seja o dono do processo de aprendizagem. E nesse processo, os professores mais experientes levam vantagem sobre os recém-formados.
O mesmo acontece naquelas disciplinas mais densas como metodologia, matemática ou da área de medicina, que são cheias de regras ou mais quadradas nos seus formatos".
Portanto, uma questão que se torna fundamental é: o que as instituições esperam de seus professores para agora e para o futuro? O modelo ideal de professor de uma instituição é definido pela analista de Recursos Humanos do Grupo Kroton, Cristiana Martins Lopes Castro, como nem muito rigoroso, nem liberal demais.
"O ideal é aquele com bom perfil orientador e capacidade de compartilhar conhecimento, ou seja, o que deixa o aluno caminhar sozinho." Para Cristiana Castro, é esse perfil comportamental o que pesa mais hoje na seleção de um novo professor. (Colaborou Juliana Duarte)





Professor de cursinho contesta duas questões de português do Enem 2009

Duas questões de português do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 foram contestadas por um professor de português do curso e colégio Objetivo. Segundo Francisco Achcar, dois testes apresentariam respostas oficiais incorretas
O primeiro deles seria o de número 107, da prova amarela. "A alternativa que está no gabarito é a 'B'. Ela fala em embalagem reciclada, o que não é mencionado no texto", afirma. De acordo com o docente, isso torna a afirmativa incorreta.

Em sua opinião, a alternativa 'C' estaria mais adequada, pois o texto 1, do enunciado da pergunta, não fala em defeitos do plástico.
O segundo teste questionado por Achcar é o de número 117, da prova amarela. Para o professor, tanto a alternativa "A", quanto a "D" estariam corretas. O gabarito oficial traz apenas a segunda como resposta oficial.
A coordenadora de português do Etapa, Célia Passoni, discorda de Achcar nas duas ponderações. Sua opinião é que o gabarito oficial está correto nos dois casos. No primeiro caso, a docente afirma que a alternativa "B" é a correta, pois a "C" faz uma ressalva ao uso do plástico. No teste 117, Célia não acredita haver oposição semântica no poema.
A docente faz ainda uma crítica à prova. "Foram textos muito longos e não haveria necessidade de tanto. A prova foi uma repetição de gêneros textuais. Podiam ter feito 20 questões e o estudante teria mais tempo para fazer uma redação um pouco mais pensada", avalia.
Segundo a professora, os problemas no gabarito também foram prejudiciais à imagem da prova. "É uma irresponsabilidade perante um grupo muito grande de pessoas [os mais de 2,6 milhões que fizeram o exame]."