tag:blogger.com,1999:blog-30601040536335196172024-02-07T19:19:14.072-08:00Plantando Saberes, Construindo SonhosAldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.comBlogger154125tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-64245662128420698512011-01-04T09:44:00.000-08:002011-01-04T09:44:12.472-08:00Educaçaõ Básica: Governo deve aumentar este ano valor do investimento por aluno<div style="text-align: justify;">O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) deve ter uma receita, em 2011, de R$ 94,48 bilhões – um aumento de 13,7% em relação a 2010 (estimado em R$ 83,09 bilhões). A estimativa consta da Portaria Interministerial nº 1.459, assinada pelos ministros da Educação e da Fazenda, publicada nesta segunda-feira, 3, no Diário Oficial da União.<br />
Pela portaria, o valor mínimo anual por aluno previsto para 2011 é de R$ 1.722,05, contra R$ 1.414,85, em 2010.<br />
A contribuição dos estados, do Distrito Federal e dos municípios deve atingir R$ 86,68 bilhões. A complementação da União ao Fundeb corresponde a 10% desse montante, ou seja, R$ 8,66 bilhões. <br />
Desse total, R$ 7,80 bilhões serão repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a nove estados que não devem atingir o valor mínimo anual por aluno com sua própria arrecadação: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. Outros R$ 866 milhões estão reservados para complementar o pagamento do piso salarial de professores e financiar programas de melhoria da qualidade da educação.<br />
<strong>Destinação</strong><br />
Formado por vários impostos e transferências constitucionais, o Fundeb financia a educação básica pública. Pelo menos 60% dos recursos de cada estado, município e do Distrito Federal devem ser usados no pagamento da remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais.<br />
O restante serve para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, o que compreende uma série de ações: pagamento de outros profissionais ligados à educação, como auxiliares administrativos, secretários de escola, merendeiras etc.; formação continuada de professores; aquisição de equipamentos; construção de escolas; manutenção de instalações. </div><em><br />
</em>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-48316856705801742122011-01-04T09:40:00.000-08:002011-01-04T09:40:19.206-08:00Dilma Rousseff<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipNxUyE4YxIvvfRoPgMT-7N-8j9_1a-gR-crm67D6xqicd4ywCL89WpYs2tvuwQ9YnD2LvumGDs31WmsXG2h-elTFchKBqbxozUZ7b75uMXUFvb4QKWGAzdzkBqWxEtAnFnYCZBYuouz_U/s1600/dilma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipNxUyE4YxIvvfRoPgMT-7N-8j9_1a-gR-crm67D6xqicd4ywCL89WpYs2tvuwQ9YnD2LvumGDs31WmsXG2h-elTFchKBqbxozUZ7b75uMXUFvb4QKWGAzdzkBqWxEtAnFnYCZBYuouz_U/s320/dilma.jpg" width="320" /></a></div><br />
Filha do engenheiro e poeta búlgaro Pétar Russév (naturalizado brasileiro como Pedro Rousseff) e da professora brasileira Dilma Jane Silva, Dilma Vana Rousseff faz a pré-escola no Colégio Isabela Hendrix e, a seguir, ingressa em um dos colégios mais tradicionais do Brasil, o Sion, de influência católica, ambos em Belo Horizonte. <br />
Aos 16 anos, transfere-se para uma escola pública, o Colégio Estadual Central (hoje Escola Estadual Governador Milton Campos). Começa, então, a militar como simpatizante na Organização Revolucionária Marxista - Política Operária, conhecida como Polop, organização de esquerda contrária à linha do PCB (Partido Comunista Brasileiro), formada por estudantes simpáticos ao pensamento de <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1575-biografia-9,00.jhtm"><u>Rosa Luxemburgo</u></a> e <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u497.jhtm"><u>Leon Trotski</u></a>. <br />
Mais tarde, em 1967, já cursando a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Dilma passou a militar no Colina (Comando de Libertação Nacional), organização que defendia a luta armada. Esse comportamento, de passar de um grupo político a outro, era comum nos movimentos de esquerda que atuavam durante o período da ditadura iniciada com o <a href="http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u14.jhtm"><u>Golpe de 1964</u></a><br />
<div style="text-align: justify;">Em 1969, já vivendo na clandestinidade, Dilma usa vários codinomes para não ser encontrada pelas forças de repressão aos opositores do regime. No mesmo ano, o Colina e a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) se unem, formando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Em julho, a VAR-Palmares rouba o "cofre do Adhemar", que teria pertencido ao ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros. A ação ocorreu no Rio de Janeiro e teria rendido à guerrilha US$ 2,4 milhões. Dilma nega ter participado dessa operação, mas há quem afirme que ela teria, pelo menos, ajudado a planejar o assalto. <br />
Em setembro de 1969, a VAR-Palmares sofre um racha. Volta a existir a VPR. Dilma escolhe permanecer na VAR-Palmares - e ainda teria organizado três ações de roubo de armas no Rio de Janeiro, sempre em unidades do Exército. <br />
Presa em 16 de janeiro de 1970, em São Paulo, o promotor militar responsável pela acusação a qualificou de "papisa da subversão". Fica detida na Oban (Operação Bandeirantes), onde é torturada. Depois, é enviada ao Dops. Condenada em 3 Estados, em 1973 já está livre, depois de ter conseguido redução de pena no STM (Superior Tribunal Militar). Muda-se, então, para Porto Alegre, onde cursa a Faculdade de Ciências Econômicas, na Universidade Federal do RS.</div><div> </div><h3 style="text-align: justify;"> Do PDT ao PT</h3><h3 style="text-align: justify;">Filia-se, então, ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), fundado por <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u677.jhtm"><u>Leonel Brizola</u></a> em 1979, depois que o governo militar concedeu <a href="http://educacao.uol.com.br/atualidades/ult1685u20.jhtm"><u>anistia</u></a> política a todos os envolvidos nos anos duros da ditadura.</h3><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"> Dilma Rousseff ocupou os cargos de secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre (1986-89), presidente da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul (1991-93) e secretária de estado de Energia, Minas e Comunicações em dois governos: Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).<br />
Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2001, coordenou a equipe de Infra-Estrutura do Governo de Transição entre o último mandato de <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u72.jhtm"><u>Fernando Henrique Cardoso</u></a> e o primeiro de <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u73.jhtm"><u>Luiz Inácio Lula da Silva</u></a>, tornando-se membro do grupo responsável pelo programa de Energia do governo petista.<br />
MinistériosDilma Rousseff foi ministra da pasta das Minas e Energia entre 2003 e junho de 2005, passando a ocupar o cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil desde a demissão de José Dirceu de Oliveira e Silva, em 16 de junho de 2005, acusado de corrupção.<br />
Em 2008, a Casa Civil foi envolvida em duas denúncias. Primeiro, a da montagem de um provável dossiê contendo gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O dossiê seria uma suposta tentativa de silenciar a oposição, que, diante do escândalo dos gastos com cartões de créditos corporativos realizados por membros do governo federal, exigia a divulgação dos gastos pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua esposa. Depois, em junho, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, acusou a Casa Civil de ter pressionado a agência durante o processo de venda da empresa Varig ao fundo de investimentos norte-americano Matlin Patterson e seus três sócios brasileiros. Dilma Rousseff negou enfaticamente todas as acusações.<br />
Em 9 de agosto de 2009, a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, disse ao jornal <i>Folha de S. Paulo</i> que, num encontro com Dilma, a ministra teria pedido que uma investigação realizada em empresas da família Sarney fosse concluída rapidamente. Dilma negou a declaração de Lina, que, por sua vez, reafirmou a acusação em depoimento no Senado Federal, mas não apresentou provas.<br />
Apesar de, em diferentes períodos, ter cursado créditos no mestrado e no doutorado de Economia, na Unicamp, Dilma Rousseff jamais defendeu a dissertação ou a tese.<br />
De guerrilheira na década de 1970 a participante da administração pública em diferentes governos, Dilma Vana Rousseff tornou-se uma figura pragmática, de importância central no governo Lula. No dia 20 de fevereiro de 2010, durante o 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, Dilma foi aclamada pré-candidata do PT à presidência da República. Em 31 de março, obedecendo à lei eleitoral, afastou-se do cargo de ministra-chefe da Casa Civil. Durante a cerimônia de transferência do cargo, assumido por Erenice Guerra, Dilma afirmou, referindo-se ao governo Lula: "Com o senhor nós vencemos. Vencemos a miséria, a pobreza ou parte dela, vencemos a submissão, a estagnação, o pessimismo, o conformismo e a indignidade".<br />
De fato, Dima Rousseff venceu as eleições presidenciais de 2010, no segundo turno, com 56,05% dos votos válidos, tornando-se a primeira mulher na presidência da República Federativa do Brasil.<br />
</div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-6870317050484703402010-08-02T12:59:00.000-07:002010-08-02T12:59:18.381-07:00Alunos vice-versa<div style="text-align: justify;">O aluno é um só, certo? Do ponto de vista de gestão, não necessariamente. A dificuldade de se posicionar no relacionamento com o alunado pode ser a causa de alguns dos problemas das instituições de ensino superior particulares. No âmbito acadêmico, o aluno deveria ser visto como um produto. E na interface com a área administrativa, como cliente. A defesa de que a relação entre a instituição e o aluno muda conforme a situação é a base da tese da pesquisadora Cláudia Rizzo. Defendida pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), a tese de doutorado de Cláudia foi apresentada em fevereiro deste ano e desenvolve um novo modelo de gestão para as instituições de ensino superior. </div><div style="text-align: justify;">De acordo com o modelo proposto por Cláudia em Gestão estratégica do aluno/cliente nas instituições de ensino privadas: um estudo de caso, a relação de consumo com uma instituição de ensino superior é diferente das relações tradicionais, quando o cliente tem plenas condições de exigir suas demandas a uma empresa. Na situação aluno e faculdade, o primeiro não tem o conhecimento necessário para determinar o que quer como serviço educacional, ainda que a instituição precise identificar quais são as suas necessidades. </div><div style="text-align: justify;">Então, o estudante pode ser considerado um "produto em transformação", que entra como aprendiz e sai como profissional. Cabe à instituição cobrar desempenho e dedicação, mas não considerá-lo como um cliente dentro da sala de aula, e sim produto ainda sendo preparado. </div><div style="text-align: justify;">Já fora dela, no caso de o aluno precisar retirar um livro da biblioteca, ou ao ser atendido por meio dos meios eletrônicos, por exemplo, ele deve ser visto como cliente, pois necessita de um bom atendimento dos funcionários e de uma boa infraestrutura para desenvolver sua formação. </div><div style="text-align: justify;">"Ainda vemos hoje alunos/clientes buscando instituições reconhecidas como melhores. Mas uma grande parte já está dando mais ênfase ao relacionamento com as instituições, ou seja, o que elas podem oferecer enquanto pacote de serviços, e não só como marca", diz.</div><div style="text-align: justify;">A pesquisa foi realizada em agosto de 2008 em sete faculdades de uma fundação mantenedora particular da cidade de São Paulo. Ao todo foram entrevistados 120 alunos, 26 professores, 42 funcionários, 10 gestores e 6 diretores. As instituições eram direcionadas para a classe A, com alunos na faixa etária de até 20 anos, metade trabalha e 85% apontam intenção de dar continuidade aos estudos após a graduação.</div><div style="text-align: justify;">Para aplicar o modelo proposto pela pesquisadora, o primeiro passo é a instituição definir o segmento no qual está inserida e a sua posição em relação aos concorrentes, identificando questões como a classe social que pretende atingir, a região onde o campus será instalado e a infraestrutura oferecida. Em seguida se estabelece o posicionamento da instituição no mercado. A proposta não precisa ser necessariamente de inovação ou originalidade. Nesse quesito, conhecer bem as preferências do público-alvo é crucial. Pais e mercado também exercem grande influência e devem ser considerados, especialmente por serem financiadores do serviço e consumidores do produto formado.</div><div style="text-align: justify;">As delimitações de áreas de atuações e definição de estratégias têm o objetivo de apontar uma direção para atingir objetivos específicos. Isso permite que a identidade estabelecida seja facilmente reconhecida tanto pelos potenciais alunos/clientes como pelos funcionários da universidade.</div><div style="text-align: justify;">Outro momento inicial importante é o processo seletivo, já que esse é o primeiro contato entre o aluno/cliente e a instituição. Assim, a instituição deve manter um programa permanente de treinamento para os atendentes, com o objetivo de que todas as possíveis dúvidas possam ser respondidas e qualquer informação esclarecida.</div><div style="text-align: justify;">Esse trabalho de atualização constante deve ser realizado também com o corpo docente e administrativo, de acordo com as necessidades específicas de cada área. Professores precisam de programas e cursos periódicos de formação para que o aluno se torne um produto valioso. Administradores devem estar sempre em contato com novas ferramentas, e dessa maneira oferecer o melhor serviço possível aos clientes.</div><div style="text-align: justify;">Entretanto, seja no corpo docente, no atendimento ou na infraestrutura, Cláudia Rizzo afirma que é necessário criar um grupo de indicadores de qualidade para obter o resultado das ações. "Manter sempre o foco no bom desenvolvimento dessas três frentes pode parecer óbvio, mas é exatamente onde muitas instituições falham", diz.<br />
Tais indicadores podem ser obtidos na forma de avaliações internas e externas, desde que sempre levem em consideração o segmento e posicionamento estabelecido pela instituição, seus objetivos e estratégias propostas. Assim como em qualquer empresa, para que um novo projeto tenha sucesso, a instituição precisa conhecer seus limites.</div><div style="text-align: justify;">Apesar de o modelo de gestão desenvolvido por Cláudia Rizzo ainda não ter sido colocado em prática, ela acredita que ele pode ser aplicado em universidades de perfis diferentes, mesmo que o estudo tenha analisado apenas uma fundação. Isso porque, na opinião da pesquisadora, o ensino superior privado é uma área relativamente nova no país, que nos últimos 20 anos cresceu cerca de 300%, e atualmente movimenta bilhões de reais por ano. "É um mercado altamente competitivo e que precisa ser discutido", defende. </div><div style="text-align: justify;">De fato, 70% dos alunos entrevistados pela pesquisadora afirmaram preferir o atendimento ao vivo na faculdade, confrontando a postura que a maioria das instituições tem adotado, de utilizar novas tecnologias de soluções a distância. De acordo com ela, isso demonstra o quanto um aluno, como cliente, exige cada vez mais não só a qualidade da sua formação, mas de toda a estrutura oferecida pela instituição.</div><table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-family: tahoma,verdana,arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">Modelo proposto</td></tr>
<tr align="justify"><td colspan="2" style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">- Segmentação: Identificar o perfil da universidade e o seu público-alvo;<br />
<br />
- Posicionamento: Avaliar e direcionar o diferencial em relação às concorrentes;<br />
<br />
- Treinamento: Manter cursos de formação para todos os setores que mantêm contato com o aluno;<br />
<br />
- Relação: Estabelecer em que situações o aluno deve ser tratado como produto e como cliente;<br />
<br />
- Indicadores de qualidade: Realizar avaliações periódicas para garantir os objetivos definidos previamente.</td></tr>
</tbody></table>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-52333990049913576712010-08-02T12:56:00.000-07:002010-08-02T12:56:03.296-07:00O caminho de volta<div style="text-align: justify;">Bombardeio de campanhas de atração de alunos, guerra de preços, kits promocionais. Num cenário de aumento no número de instituições de ensino superior e estabilidade no volume de ingressantes, os alunos se tornaram, naturalmente, o grande alvo do marketing universitário. Mas, se as estratégias acabam após a prova do vestibular, algo tende sair errado no meio do percurso.</div><div style="text-align: justify;">Pesquisa recente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) indicou uma evasão recorde nas instituições privadas em 2008: 20,7% nacionalmente, 21,10% no Estado de São Paulo e 24,21% na região metropolitana de São Paulo. A pesquisa traz um dado ainda mais preocupante: a maioria evade nos dois primeiros semestres do curso.</div><div style="text-align: justify;">Será, então, que o investimento para atrair esse aluno é compensado quando ele abandona a graduação em menos de um ano? Pesquisas apontam que, além do custo de captação, o aluno que abandona o curso no primeiro ano provoca, em média, uma perda de receita futura de R$ 13 mil a R$ 16 mil. "A mensalidade normalmente significa de 40% a 50% no orçamento do estudante e muitas instituições usaram e abusaram da estratégia de optar por descontos ou concederem boas reduções nos preços das mensalidades, como forma de atrair mais ingressantes. Em um primeiro instante a tática funcionou, mas, a partir do momento em que a evasão também cresceu, a concessão de descontos começou a comprometer as finanças e as receitas das instituições", analisa Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp.</div><div style="text-align: justify;">A evasão é vista pelo mercado como um dos maiores e mais preocupantes desafios do sistema educacional, pois é um fator de desequilíbrio, desarmonia e desajustes dos objetivos educacionais pretendidos.</div><div style="text-align: justify;">Para Rodrigo, a taxa de evasão é, sem dúvida, alta, mas é uma consequência clara do aumento do acesso das classes com menor poder aquisitivo ao ensino superior. "Nos últimos anos, houve uma redução no valor das mensalidades e um aumento na oferta do crédito educativo, mas ainda falta uma política, na maior parte das instituições, para manter esse aluno de baixa renda na universidade."</div><div style="text-align: justify;">O fator financeiro, no entanto, é apenas um dos motivos para que a cada ano um maior número de alunos abandone a graduação (veja box abaixo). Carlos Monteiro, diretor e consultor da CM Consultoria, avalia que o problema reside na falta de currículos adequados. "Muitas instituições esquecem que o seu aluno está sendo formado para ser um futuro profissional de mercado e que esse mercado está cada vez mais exigente, portanto deixam de oferecer cursos adequados às reais necessidades desse mercado. Currículos inadequados acabam se transformando em uma das principais razões da desistência e da falta de motivação para que os alunos continuem frequentando os cursos." </div><div style="text-align: justify;">O consultor indica ainda outra razão cada vez mais evidente: a formação de turmas com diferentes faixas etárias na mesma sala de aula. "Os alunos mais experientes não só em termos de idade como de experiência de mercado não se sentem confortáveis em dividir o mesmo espaço com outros que acabaram de sair do ensino médio e não têm maturidade para muitas vezes levarem o curso a sério", lembra.</div><div style="text-align: justify;">Traçar um perfil do aluno que se pretende atrair é outro dado importante. Para Ryon Braga, consultor educacional e presidente da Hoper Consultoria, as instituições devem reforçar o nivelamento intelectual, o que pode garantir a permanência dos alunos. "Em busca de quantidade ao invés de qualidade, as instituições têm buscado alunos que não têm o perfil, nem financeiro e nem intelectual, de que elas precisam."</div><div style="text-align: justify;">Ryon ainda enumera outros fatores determinantes para as altas taxas de evasão que, em sua maioria, coincidem com os dados da pesquisa do Semesp: a classe socioeconômica do aluno; a escola de origem e o local de residência do estudante; a captação de alunos fora do perfil da instituição; uma grade curricular antiquada e distante do mercado; falsas promessas propagadas pelas instituições para conquistar esse público e a dificuldade do aluno em ter um bom desempenho escolar por não conseguir acompanhar o desenvolvimento do curso.</div><div style="text-align: justify;">A visão de que o próprio processo educacional é responsável direto pelas altas taxas de abandono é compartilhada por alguns analistas do mercado, já que o aluno vem do ensino médio acostumado a um processo bem diferente daquele adotado no ensino superior. </div><div style="text-align: justify;">"Preencher as vagas é uma condição fundamental para a sustentabilidade de qualquer projeto acadêmico institucional, mas, seja na iniciativa privada ou nas escolas públicas, é preciso ir mais além e buscar o melhor aluno possível, aquele capaz de se envolver de tal forma na sua formação profissional que permaneça até o final, sem contribuir para os índices de evasão," diz Carlos Monteiro.</div><div style="text-align: justify;">Enquanto o aprendizado no ensino médio consiste basicamente na memorização, que não contribui para a formação de um espírito investigador, na universidade o aluno tem de pesquisar para criar os seus próprios textos ou defender seus projetos e assim sofre um impacto na forma como as disciplinas são ministradas, perdendo muitas vezes o interesse pelo curso escolhido. Por isso, grande parte das instituições adota programas de formação complementar para os alunos que chegam aos bancos universitários.<br />
Esse seria um dos motivos para a pesquisa também apontar uma alta evasão entre as instituições públicas: 14,4%. Em 2008, ao anunciar as metas para o Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), o MEC definiu que a evasão do sistema deverá ser reduzida para 10% até 2012. É uma meta bastante ousada, já que alguns cursos, principalmente os ligados à área de exatas, têm uma grande concentração de evasão que chega a quase 50% das matrículas. Em países europeus e nos Estados Unidos, os índices de evasão hoje são ligeiramente superiores a 10%. </div><div style="text-align: justify;">Para Rodrigo Capelato, "quando um aluno desiste de um curso, mesmo que seja em uma universidade pública, o prejuízo não é só do estudante, mas também da instituição de ensino, já que elas possuem uma estrutura fixa cara. Se a turma é pequena e fica ainda menor com a evasão, pior ainda, pois muitas vezes a opção que resta é tentar convencer os alunos a se transferirem para cursos semelhantes". </div><div style="text-align: justify;">Com o sinal vermelho piscando, as instituições entraram em um processo de dar mais atenção para os sistemas de captação e retenção de alunos, entendendo que captação não significa mais ou não se resume em apenas preencher as vagas oferecidas. A nova configuração desse mercado exige medidas práticas e uma nova cultura escolar universitária, capaz de criar mecanismos internos de manutenção do aluno no ensino superior.</div><div style="text-align: justify;">Outra nova característica apontada pelos estudiosos e consultores do mercado é a chegada aos bancos universitários de uma nova geração de alunos, a chamada Geração Y, que não tem grande poder de concentração e que desenvolveu novas competências básicas para a sua sobrevivência, como construir projetos próprios e altamente críticos em relação ao que existe na sociedade atual.</div><div style="text-align: justify;">A adoção de novas táticas na gestão para captação e retenção de alunos foi uma necessidade que se fez presente a partir do momento que a concorrência cresceu significativamente entre as instituições de ensino superior. E a primeira mudança foi alterar a prática de prospecção de alunos, incluindo, por exemplo, a "visita ao campus" antes da inscrição ao vestibular. Com o tempo, essa estratégia se tornou uma boa opção para atrair, mas insuficiente para reter.</div>As chamadas táticas usuais de captação de alunos (divulgação em feiras nas escolas de ensino médio; organização de palestras; visitas monitoradas aos campi; alta utilização de merchandising em eventos e a exploração de uma oferta variada de cursos de extensão) foram sendo substituídas ou ganharam mais uma aliada com o advento da propaganda veiculada em mídia de massa antes dos vestibulares ou das campanhas de preços promocionais nas mensalidades.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><strong>Motivos para a evasão:</strong><br />
- Financeiro;<br />
- Falta de vocação para o curso;<br />
- Trabalho em horário incompatível com as aulas;<br />
- Disciplinas não correspondem às expectativas;<br />
- Dificuldades em acompanhar o conteúdo;<br />
- Mudou e a instituição ficou distante da casa e/ou do local de trabalho. </div><br />
<br />
<table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-family: tahoma,verdana,arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">Grade inflexível</td></tr>
<tr><td colspan="2" style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">O sonho de cursar uma universidade pública ficou para trás para a carioca Denise A. Corrêa, de 35 anos. Décima primeira colocada no vestibular para letras da UFRJ, ela não pôde continuar os estudos, já que o curso não oferecia uma grade flexível.<br />
<br />
"Eu tinha de ir à faculdade em horários diferentes ao longo do dia. Isso me impossibilitava de trabalhar. Além disso, senti a necessidade de fazer um curso particular de inglês para acompanhar as aulas. Teria de viver em função da faculdade e precisava ajudar em casa", lamenta.<br />
Denise ainda iniciou e parou, em faculdades privadas, os cursos de direito e marketing, quando finalmente, em 2006, conseguiu voltar a estudar e se formou em gestão de recursos humanos na Universidade Estácio de Sá.</td></tr>
</tbody></table><br />
<table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-family: tahoma,verdana,arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">Pensando em voltar</td></tr>
<tr align="justify"><td colspan="2" style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">A conclusão do curso de enfermagem para o produtor de eventos Clayton Scadelai teve de ficar para depois. O jovem de 24 anos precisou parar a faculdade por não conseguir conciliar a rotina de aulas e atividades laboratoriais com o trabalho. "O meu trabalho como produtor não tem rotina e, por isso, eu estava chegando muito atrasado às aulas. Fiquei muito chateado em ter de parar, mas encarei como uma decisão momentânea e que poderia continuar depois. É uma vontade que não morreu", revela.<br />
No entanto, Scadelai sabe que voltar a fazer enfermagem, diante da rotina de trabalho, não será de imediato. Enquanto isso, ele tem um plano B. "Penso em fazer outro curso superior, de designer de interiores, e futuramente pretendo voltar para a enfermagem", diz.</td></tr>
</tbody></table><br />
<table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-family: tahoma,verdana,arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">Mensalidade baixa não compensou</td></tr>
<tr align="justify"><td colspan="2" style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">Há casos em que a falta de organização e, até mesmo, de preparo dos professores faz com que o aluno desista do curso. Eder Gomes de Moraes, 25 anos, passou por essa experiência.<br />
"Fiquei apenas um mês e meio no curso de análise de sistemas. Decidi parar depois que comecei a perceber muita coisa errada na coordenação do curso e com alguns professores que sequer sabiam o conteúdo a ser dado", afirma.<br />
Eder confessa que foi atraído pelo baixo preço das mensalidades, mas diz que nem sempre isso é vantagem. O segredo para não cair em uma armadilha deste tipo é, segundo ele, pesquisar bastante sobre a instituição de ensino. "Agora estou mais cauteloso na hora de escolher um curso, tanto que devo voltar a estudar, só que na faculdade em que minha esposa já estuda."</td></tr>
</tbody></table><br />
<table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-family: tahoma,verdana,arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">Decepcionado com o curso</td></tr>
<tr align="justify"><td colspan="2" style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">Guilherme Arena Ferreira Silva, de 22 anos, morador de Mongaguá, litoral de São Paulo, começou e parou o curso de gastronomia por duas vezes. "Em 2006, fui viver em Balneário Camboriú para estudar e encontrei dificuldades por não arranjar emprego e, principalmente, lidar com serviços domésticos como fazer comida, lavar louça e roupa", conta o jovem.<br />
De volta para casa, ele decidiu retomar, em 2009, o curso de gastronomia, só que desta vez em uma universidade na baixada santista. Foi então que ele descobriu que a profissão estava muito distante do que imaginava. <br />
"Peguei um grupo de alunos que não queria nada com nada. Era difícil lidar com essa situação, já que eu levava o curso muito a sério. Além disso, com o passar do tempo me desiludi, não era o que eu queria. Descobri que não gostava de cozinhar para os outros, e sim para mim", diz o jovem, que já planeja voltar a estudar, mas desta vez no curso superior de biomedicina.</td></tr>
</tbody></table><br />
<span style="color: red; font-size: medium;"><strong></strong></span><table><tbody>
<tr><td><br />
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<tr><td><br />
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<tr><td><a class="leia_tb" href="http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12624"><b></b></a></td></tr>
</tbody></table>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-35096735825100457862010-08-02T12:48:00.000-07:002010-08-02T12:48:50.299-07:00Ministro da Educação quer professores de ensino básico com pós-graduação<div style="text-align: justify;"> O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu que o próximo Plano Nacional de Educação estipule metas para a formação de professores do ensino básico público com pós-graduação. Para o ministro, o professor especializado tem mais condições de estimular o ingresso à iniciação científica na sala de aula. </div><div> </div><div style="text-align: justify;"> "Isso vai ajudá-lo [professor] a um ambiente mais propício para essa prática", disse o ministro. A palestra de Haddad encerrou a 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na capital potiguar, na sexta-feira (30). </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> No início da conferência, Haddad foi interrompido pelo protesto de estudantes e professores do PET (Programa de Educação Tutorial). O programa prevê que os alunos recebam orientação de um tutor para atividades extracurriculares, inclusive na área de ciências. </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> Os manifestantes pediam a revogação de duas portarias, assinadas pelo ministro nesta semana, que estabelecem o prazo de seis anos para os tutores permanecerem no programa. Segundo Haddad, as medidas foram editadas com o aval das principais instituições representadas no PET, mas prometeu uma reunião com os estudantes para discutir as portarias. </div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-81498258090143413852010-08-02T12:42:00.000-07:002010-08-02T12:42:59.082-07:00Em 2010, 15 ex-prefeitos já foram condenados pelo TCU por irregularidades na merenda escolar<div id="texto"><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Um levantamento feito pelo <strong>UOL Educação</strong> mostra que, entre janeiro e agosto, 15 ex-prefeitos foram condenados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a devolver dinheiro para o governo federal por causa de irregularidades na distribuição de merenda escolar. <br />
O valor devido pelos políticos chega a R$ 5,4 milhões, em valores da época das irregularidades. Neste ano, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) está repassando a Estados e municípios R$ 0,30 por dia para cada aluno. Tomando por base esse valor, seria possível alimentar, em um dia, 18 milhões de crianças em idade escolar com a verba desviada a ser devolvida. Em 2010, o governo federal deve gastar R$ 3 bilhões em merenda.</div><div> </div><div style="text-align: justify;">Dos 15 casos, quatro estão no Maranhão, quatro na Bahia, dois em São Paulo e, o resto, dividido entre Goiás, Alagoas, Amapá, Pará e Pernambuco. Uma ex-prefeita de Caxias (MA), a 360 km da capital São Luís, é a que teve condenação no valor mais alto: cerca de R$ 2 milhões. Além de ter comprado alimentos com preços acima dos praticados no mercado, foram detectados problemas em notas fiscais.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">As irregularidades identificadas pelo FNDE –que faz uma complementação do dinheiro da merenda aos municípios– e pelo TCU vão desde o superfaturamento de produtos à falta de prestação de contas. Segundo o fundo, um ex-prefeito de Dormentes (PE), a cerca de 700 km de Recife, forneceu quantidades menores de merenda do que o custeado pelo PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar, que é do FNDE). No Pará e em Alagoas, há ex-prefeitos que deixaram de distribuir a comida para as escolas.<br />
<br />
Para José Matias Pereira, professor de administração pública da UnB (Universidade de Brasília), o que estimula algumas autoridades a desviarem esse tipo de verba é a sensação de impunidade. “O alimento, às vezes, é a motivação para o aluno ir para a escola. Quando você pega um prefeito que se posiciona dessa forma [desviando recursos], na verdade, ele age dentro de um contexto e é motivado, principalmente, por interesses menores”, diz.</div><div style="text-align: justify;">13 milhões</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">O tempo para que um gestor público seja condenado pode passar de cinco anos. Um ex-prefeito de Ibirapitanga (BA), a 361 km de Salvador, por exemplo, teve problemas com contratos em 1998 e foi condenado somente em 2010. A demora no julgamento das ações acaba elevando o valor devido, já que as decisões exigem o pagamento com correção monetária. O valor a ser devolvido já pode ter passado de R$ 13 milhões.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Mesmo com a devolução, o dinheiro não volta necessariamente para o FNDE ou para o Ministério da Educação, já que o depósito precisa ser feito na conta única do Tesouro Nacional.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">O professor também critica a demora em punir os responsáveis. “Se você me perguntar se um diretor de escola não sabe que os alunos estão sendo alimentados, sim, ele sabe. Essa informação teria que ir para um sistema de controle e ter prioridade”, afirma. Quem detectar irregularidades nas merendas pode denunciar o fato ao Ministério Público.</div></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-30637748167535818432010-07-28T11:21:00.000-07:002010-07-28T11:21:49.852-07:00Precisamos formar 10 mil doutores por ano, diz presidente de associação de pós-graduandos<div style="text-align: justify;">"Digo que precisamos formar mais de 10 mil doutores por ano para que possamos realizar o desenvolvimento econômico e social do país”, disse a presidente da ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos), Elisangela Lizardo. “Tenho visto críticas equivocadas. Há quem diga que já temos muitos doutores, que não precisamos continuar formando no ritmo em que estamos", completou a acadêmica em mesa-redonda da 62ª reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que acontece de 25 a 30 de julho em Natal.</div><div> </div><div style="text-align: justify;">A mesa-redonda, que aconteceu dia 26 de julho, tratava dos três anos do Reuni (Programa Reestruturação e Expansão das Universidades Federal). Para ela, a expansão da graduação deve se estender à pós. “A ANPG ressalta que o fomento, em especial às bolsas, tanto de iniciação científica como para os pós-graduandos, é muito importante para o desenvolvimento do sistema. Essas iniciativas devem ser casadas", disse Elisangela. Outra especialista que participava do encontro, Helena Nader, considera a pós-graduação como um dos desafios do programa de expansão: “Quero ver como será o Reuni da pós-graduação”.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">O representante do MEC (Ministério da Educação) no debate, Murilo Camargo, comentou sobre o Programa de Qualificação das Universidades Públicas. A iniciativa, que une MEC e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) tem como objetivo auxiliar as universidades a estruturar seus programas de pós-graduação. Segundo a Sesu (Secretaria de Ensino Superior), a intenção é induzir e orientar para que as insstituições mais novas sejam polos produtores de conhecimento.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">“Começou a ser feito um mapa da situação de cada instituição, pois elas terão que se atender, dentro de um prazo estabelecido, o que prevê resolução já aprovada pelo CNE, mas que ainda necessita de homologação pelo MEC”, explicou Camargo. O coordenador se referia à resolução, que regulamenta o art. 52, inciso I da Lei 9.394, de 1996, e dispõe sobre normas e procedimentos para credenciamento e recredenciamento de universidades do sistema federal de ensino. No art. 3º, inciso VI, é dito que, para ser credenciada como universidade, a instituição deve ter oferta regular de pelo menos quatro cursos de mestrado e dois de doutorado, reconhecidos pelo MEC. As instituições que não preenchem este requisito terão prazo para cumprimento até 2016.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><em> Informações da Capes</em></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-16815739190332480012010-07-24T04:08:00.000-07:002010-07-24T04:08:57.513-07:00III Fórum Internacional de Pedagogia-FIPED<div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvhKsvxJ9UaEIJQzkheV7h3-isNlVD7fxSaYL-M4fNsHR-RRFb7JguCoivCNAEfv9NrSJZkof_jtql1nkB0-u6M3vIPP1rHKxlixUTIkT7PQmnMNN8SZNMX78R56OU0xi0AH_e0X5uE4g/s1600/iiifiped-09062010-165231.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvhKsvxJ9UaEIJQzkheV7h3-isNlVD7fxSaYL-M4fNsHR-RRFb7JguCoivCNAEfv9NrSJZkof_jtql1nkB0-u6M3vIPP1rHKxlixUTIkT7PQmnMNN8SZNMX78R56OU0xi0AH_e0X5uE4g/s400/iiifiped-09062010-165231.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">O III Fórum Internacional de Pedagogia – FIPED será realizado, em 2010, em Quixadá-Ceará-Brasil. Este tem o objetivo de ser um ambiente de debate nacional e internacional, sobre a pesquisa na graduação que congregue profissionais e estudantes de Pedagogia e demais áreas da educação, visando assumir a causa da articulação entre ensino, pesquisa e extensão também na Graduação em Pedagogia e demais áreas de formación de docentes.</div><div> </div><div style="text-align: justify;">A criação desse espaço de discussão começou a se delinear em decorrência da reformulação do currículo dos Cursos de Pedagogia que dentre outra exigências, tem-se como necessidades emergentes a compreensão dos professores universitários como capazes de conduzir as aulas da Graduação em Pedagogia de tal forma que os discentes possam articular, desde os primeiros dias de aula, o aparato teórico da disciplina a um trabalho de investigação acerca de um tema de seu interesse, possibilitando ao aluno exercitar a sua própria palavra, dando os primeiros passos para a construção da autonomia profissional e intelectual por meio da pesquisa.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">A programação do FIPED se constitui de conferências e palestras que serão realizadas por professores convidados, nas quais enfocarão políticas e experiências de pesquisa na graduação. Já as oficinas primam pela elaboração de um pré-projeto de pesquisa individual, constituindo-se, portanto, em instrumentos fundamentais para que o Fórum cumpra seu objetivo de criar um lugar no qual o graduando se engaje sistematicamente na pesquisa. As oficinas visam, portanto, a suprir uma lacuna específica percebida ao longo da história do Curso de Pedagogia de que muitos alunos estudam em Universidades em que a pesquisa não se faz ou está pouco presente.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Dessa forma, integrando o Fórum, estes estudantes participam de palestras que discutem a importância da pesquisa na graduação, interagem com colegas de outras IES, apresentando suas pesquisas e, ao retornarem para suas instituições, levam, além do debate e do relato do que presenciaram, o pré-projeto como algo concreto sobre como começar sua efetiva participação na pesquisa. Portanto, as oficinas, integrantes do projeto geral do FIPED, visam a proporcionar um espaço para os graduandos em Pedagogia se engajarem em um trabalho pontual para obter, minimamente, a instrumentalização necessária para iniciar suas pesquisas individuais. Dessa forma, o aluno deve ir ao FIPED preparado para produzir, observando os eixos que se articulam na oficina, a apresentação da área e a escrita de um pré-projeto.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Assim, evidencia-se, portanto, o mérito desse Fórum na tomada de consciência da importância da pesquisa na graduação, ao mesmo tempo em que se institucionalizam as práticas de pesquisas na graduação em Pedagogia e demais licenciaturas, por parte de muitos professores. Espera-se, que com a realização do III FIPED, possa-se contribuir para que mais alunos se envolvam no processo de investigação e para que aqueles que já estão envolvidos em tal processo possam ter um espaço para problematizar suas pesquisas.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">O I Fórum Internacional de Pedagogia – FIPED aconteceu na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN – Campus de Pau dos Ferros, nos dias 27 e 28 de novembro de 2008, estruturado na discussão sobre a importância da PESQUISA e da EXTENSÃO como elementos constitutivos da formação em Pedagogia e demais profissionais da área de educação.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">No ano de 2009 foi realizada a II versão do Encontro na Universidade Estadual da Paraíba – Campus de Campina Grande, no período de 25 a 27 de novembro, quando, assim como no Fórum anterior, constitui-se em espaço para apresentação das pesquisas que estão sendo desenvolvidas no âmbito da Graduação em Pedagogia e demais áreas envolvidas com a educação e formação docente. Isto posto, conscientes da importância da pesquisa e da extensão, o Fórum permanecerá com sua atenção centrada na figura do(a) graduando(a) e, através das atividades estruturadas para o evento procurará apresentar a(o)s participantes alternativas de inserção no mundo da pesquisa e da extensão, concebidas como base para a produção de um conhecimento efetivo do contexto no qual os(as) futuros(as) profissionais estarão inseridos(as).</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><br />
Deste modo, as OFICINAS são espaços de destaque do evento e continuarão voltadas para elaboração de PRÉ-PROJETOS de pesquisa, oferecendo diretrizes e apresentando possibilidades de questões investigáveis, a partir das temáticas específicas tratadas em cada uma delas, objetivando mostrar a(o) graduando(a) o que e como se pesquisa em determinada área. Assim, o evento não discute uma temática específica, mas todas as questões relacionadas à educação brasileira, e de outros contextos similares, da Educação Infantil ao Ensino Superior.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Em termos gerais, pretendemos contribuir para a efetivação de modelo de universidade, capaz de desenvolver, na sua plenitude, as suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e produção cultural, pois almejamos ser, também a graduação, um espaço de construção do saber, da investigação científica e instância socializante, para tanto se faz necessário por em prática um novo projeto de educação pautado não apenas no ensino, mas primordialmente na pesquisa e na extensão. Estas práticas, inter-relacionadas, garantirão não só a difusão do conhecimento, como também distribuição do conhecimento, instrumento fundamental, nos nossos contextos, de sobrevivência e justiça social.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Enfim, é prerrogativa do III FIPED discutir a graduação a partir de uma nova dinâmica, para além do ensino, centrada na iniciação científica, como forma de produzir conhecimento novo, o que possibilitará formar professores(as) com um perfil diferenciado. Não mais queremos uma Graduação como mero local de transmissão de conhecimento formal, portadora dos ditames da conservação e reprodução da sociedade. Almejamo-la como lugar de consecução de ações de caráter educativo, científico, social, cultural, e tecnológico. Estimular a inserção do corpo discente na pesquisa, na extensão e nos grupos de trabalho e estudo tão logo ingressem na universidade deve se constituir em prerrogativa para todas as graduações envolvidas com a educação e, em particular, com a formação de professores(as) em geral.</div><div class="conteudo"><div class="texto"><h1><span style="font-size: small;">INFORMAÇÕES SOBRE AS INSCRIÇÕES</span> </h1><h1 style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">As inscrições estaão abertas desde o dia 24/05 indo até 30 de outubro* de 2010 e deverão ser efetivadas através do preenchimento do formulário de inscrição online no site do evento (www.uece.br/eventos/3fiped). Valores de inscriçoes constam no edital, link download.</span></h1><div> </div><div style="text-align: justify;"><strong>CONFIRMAÇAO DAS INSCRIÇOES</strong></div><div> </div><div style="text-align: justify;">a) O comprovante de pagamento da inscrição deverá ser enviado devidamente pago para o email, iiifipedquixada@gmail.com.<br />
b) O inscrito receberá a confirmação da sua inscrição através de email.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><strong>PAGAMENTO</strong></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">O inscrito deverá efetuar o pagamento nominal para Jorge Alberto Rodriguez e Lilian Mara Trevissam<br />
Tavares, na Conta: 32.960 – 6, Agência: 0241-0, BANCO DO BRASIL impreterivelmente na boca do<br />
caixa.<br />
*ou até esgotarem as vagas.*<br />
*total de vagas para alojamento a ser divulgada.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Dúvidas ou outras informações utilize Fale conosco ou ligue para (88) 3445-1039 ou (88) 3445- 1036.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><strong>Lista de GT's a serem escolhidos no item segmentos para apresentaçao de trabalhos:</strong></span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves /> <w:TrackFormatting /> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning /> <w:ValidateAgainstSchemas /> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF /> <w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther> 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Name="Colorful Grid Accent 1" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false" UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography" /> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading" /> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--> <!--[if gte mso 10]> <mce:style><! /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; 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</span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Práticas Pedagógicas: educação a distancia e novas tecnologias.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 04 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Prática educacional, inclusão e exclusão.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 05 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Formação profissional: educação e mercado.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 06 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Visões multifacetadas da pesquisa na área da educação.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 07 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Formação de professores e os desafios da pesquisa na</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">universidade.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 08 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Alfabetização e letramento: estudo, organização e funcionamento do</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">texto.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 09 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Gestão escolar.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 10 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Universidade: políticas educativas e ensino superior.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 11 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O curso de Pedagogia no contexto do capitalismo contemporâneo.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 12 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O cotidiano escolar: violência, rebeldia, conflitos e resistências da</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">sala de aula.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 13 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Literatura e arte-educação: realidade, linguagens e estilos.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 14 – Literatura infanto-juvenil: o lúdico na escola</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 15 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Saúde coletiva e elementos educativos.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 16 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Educação do e no campo.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 17 – E</span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">stágio supervisionado: diálogo e troca de experiências na formação</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">docente.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 18 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Educação, meio ambiente e dilemas urbanos.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 19 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Sociedade estética e cultura.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT - 20 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Estudo da cultura afro-brasileira: discursos e práticas pedagógicas.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 21 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Educação física: o corpo em debate.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 22 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Mídia, educação e comunicação.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 23 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Cultura popular: tradição, memória, identidade e patrimônio.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 24 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Trabalho, educação e luta de classes.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 25 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Diversidade sociocultural e educação.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 26 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Ser social, história, natureza e ciência.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT –– 27 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Educação de jovens e adultos.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 28 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Educação, gênero e diversidade sexual.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 29 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Os desafios no ensino da Língua Portuguesa.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 30 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Educação Matemática.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 31 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O ensino de Química.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 32 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O ensino de Geografia.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 33 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O ensino de Física.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">GT – 34 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O ensino de História.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">GT – 35 – </span></strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O ensino de Biologia.</span></div></div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> </div><div> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-75504238914507232112010-07-16T05:27:00.000-07:002010-07-16T05:27:25.565-07:00À caça de (bons) gestoresEstudo da consultoria global DBM, especializada em gestão do capital humano, revelou que 2009 foi um ano de alta demanda por executivos e que 2010 tende a seguir o mesmo caminho. O crescimento pela busca de profissionais em posições como a de gerentes, diretores, presidentes e chefes intermediários no ano passado foi de 57% em relação a 2008. A grande novidade é o aparecimento, pela primeira vez, dos segmentos de educação e meio ambiente entre aqueles que mais buscaram no mercado profissionais e gestores para seus quadros.<div style="text-align: justify;">"Na área da educação, o resultado é sem dúvida efeito direto da profissionalização do setor", explica Alexandre Nabil, consultor da DBM. "Com a entrada de grupos estrangeiros como a Laureate, o Capital Group e o Cartesian Group, ou de fundos de investimentos como o GP e o UBC Pactual no ensino superior privado brasileiro, criou-se uma cultura mais agressiva em termos de gestão nas instituições, e a partir daí, a necessidade de se buscar executivos de fora do mundo acadêmico, preferencialmente aqueles que já gerenciaram projetos de grande envergadura na iniciativa privada", enfatiza Nabil.</div><div style="text-align: justify;">A adoção dos princípios da governança corporativa, essenciais para a perpetuação do negócio, para melhorar a imagem institucional e garantir uma performance acima da média garantindo a entrada de investimentos internos e externos foi fundamental para que o setor se profissionalizasse e passasse a buscar os seus gestores entre os melhores profissionais do mercado, como fazem diversos outros segmentos da economia que vivem em constante competitividade.</div><div style="text-align: justify;">Para Carlos Monteiro, diretor-presidente da CM Consultoria de Administração e Marketing, empresa especializada em consultoria educacional, a tendência hoje é optar por uma gestão integrada, em que o gestor acadêmico consiga pensar também na gestão financeira, ao mesmo tempo em que o gestor financeiro se volte também para a qualidade acadêmica. "As instituições de ensino superior buscam na profissionalização da sua administração estratégias para manter a competitividade. Elas precisam cada vez mais criar mecanismos que lhes permitam investir sem medo em ciclos de expansão, atraindo recursos externos que lhes garantam um bom caixa, criando a capacidade de atrair e reter talentos gerenciais. Hoje, a receita certa é um pacto de gestão com foco em resultados", explica.</div><div style="text-align: justify;">Mas buscar a profissionalização não é assim tão fácil. Um dos principais obstáculos é a falta de profissionais capacitados. Outra pesquisa, realizada mundialmente pela Manpower INC no final de 2009, apontou que a escassez de talentos foi uma das grandes preocupações dos dirigentes de grandes empresas. Segundo o estudo, 30% dos empregadores em todo o mundo encontraram dificuldades para contratar candidatos qualificados para as suas vagas. Representantes de vendas, técnicos, engenheiros e executivos de gestão foram os cargos mais difíceis de preencher.</div><div style="text-align: justify;">Para o professor Francisco Borges, diretor acadêmico da Veris Educacional, esse problema também é enfrentado pelo mundo acadêmico. Algumas instituições, inclusive, buscam os melhores executivos de outros segmentos (veja box). "O que as instituições de ensino superior procuram no mercado com uma frequência cada vez maior são gestores que saibam gerenciar bem o negócio educação e que entendam que o melhor marketing de uma escola é o marketing de relacionamento. É claro que não basta ter boas noções e experiência em finanças, marketing ou vendas, também é preciso ter bom trânsito na área acadêmica, entender como é compor um bom regimento escolar, criar um calendário e uma grade adequados. Neste novo modelo de administração, a gestão de todo o processo é o mais importante", diz.</div><div style="text-align: justify;">Borges também atribui essa tendência à profissionalização do setor. "As instituições de ensino superior perceberam que precisavam quebrar paradigmas e dogmas até então imutáveis para continuar sobrevivendo no mundo dos dias de hoje. Elas têm de estar bem estruturadas para entregar resultados, assim com qualquer empresa de outro segmento da iniciativa privada, porque a sustentabilidade delas só é conseguida com bons resultados", explica.</div><div style="text-align: justify;">Na gestão de pessoas da área educacional, os profissionais que mais interessam às instituições de ensino hoje são aqueles que, normalmente formados em administração, economia e finanças, tecnologia da informação ou marketing, investem também em cursos específicos de gestão e em MBAs. Muitas vezes eles fazem parte das Gerações Y ou X, que embora apresentem algumas características diferentes, têm foco em não temer o estranho, as novidades e os desafios que o mercado apresenta.</div><div style="text-align: justify;">Francisco Borges dá a dica para quem quer aproveitar o momento de demanda e se qualificar. "Os profissionais de mercado que possuem e desenvolvem na sua carreira características como liderança, comprometimento, perfil inovador e empreendedor e ética são aqueles que mais interessam para qualquer empresa e principalmente numa instituição para ocupar cargos gerenciais, porque possuem a capacidade de ter uma visão geral e ampla do mercado em que se inseriram."</div><div style="text-align: justify;">Já é possível desenvolver essas habilidades nos bancos escolares. O Ibmec criou a pós-graduação em gestão estratégica da educação, cujo público-alvo são diretores, coordenadores e chefes ou responsáveis por unidades das Fatecs e Etecs, enquanto a Abrafi, em parceria com a Faculdade Maurício de Nassau, lançou o curso de Formação de Executivos em Educação Superior.</div><div style="text-align: justify;">Mas também é possível encontrar apoio dentro da própria instituição de ensino para a qual se trabalha. Para conquistar os resultados esperados pelos novos acionistas e investidores, algumas instituições e escolas de negócios também estão se voltando para o treinamento e preparação interna dos colaboradores. </div><div style="text-align: justify;">Marisabel Ribeiro, diretora de talent da Right Management e professora da ESPM e da FGV, relata que começa um processo de treinamento interno de alguns colaboradores até então essencialmente acadêmicos, para que eles possam adquirir essas novas competências. "É preciso que esse novo gestor das instituições de ensino superior privadas e também das universidades públicas tenha uma formação mais holística. Não basta saber analisar os números, é preciso entender como trabalhar com todo o entorno de uma gestão acadêmica."</div><div style="text-align: justify;">Esse movimento, porém, ainda é lento entre as instituições públicas. "Elas engatinham nessa questão porque ainda vivem um outro tempo, mas também já começam a se voltar para essa visão de que é necessário ter em seus quadros profissionais que sejam mais facilmente adaptáveis às orientações e aos caminhos que o mercado segue e que consigam trabalhar melhor com diversos tipos de ambientes".</div><div style="text-align: justify;">Marisabel cita como exemplo o atual processo de escolha dos reitores em algumas instituições públicas e particulares. "Não é mais o melhor currículo que chama a atenção, mas sim a melhor proposta de gestão, o melhor plano de trabalho que esse acadêmico e postulante ao cargo apresente. Essa proposta precisa contemplar não só o presente ou um futuro a curto prazo, mas tem de ter flexibilidade e ética o suficiente para garantir o médio e o longo prazo da vida dessa universidade."</div><div style="text-align: justify;">Alexandre Nabil, da DBM, lembra que a pesquisa da sua empresa mostra sinais claros de que a opção pela profissionalização não é mais uma tendência, mas uma saída. "Tanto que as instituições já oferecem remuneração variável e um pacote de remuneração atrativo para conquistar os novos gestores, da mesma forma como outros segmentos do mercado atuam há vários anos", compara.</div><br />
<table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left; width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-family: tahoma,verdana,arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">O perfil do administrador atual</td></tr>
<tr align="justify"><td colspan="2" style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">- Procura deliberadamente aprender, principalmente face ao novo desafio e mercado em que se inseriu;<br />
- Reconhece o poder do aprendizado decorrente da experiência de trabalho;<br />
- Sente-se responsável pela sua própria carreira e investe nela;<br />
- Assume a responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento;<br />
- Encara a educação como uma atividade permanente, para a vida toda;<br />
- Percebe como o seu aprendizado afeta os negócios que dirige;<br />
- Decide intencionalmente o que aprender.</td></tr>
</tbody></table><br />
<table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left; width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-family: tahoma,verdana,arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">Áreas de maior busca</td></tr>
<tr align="justify"><td colspan="2" style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">1. Serviços<br />
2. Indústria<br />
3. Instituições financeiras / Bancos<br />
4. Serviços de informática<br />
5. Petroquímica / Química<br />
6. Varejo / Atacado<br />
7. Engenharia / Construção<br />
8. Alimentação e bebidas<br />
9. Automotivas e autopeças<br />
10. Produtos de consumo<br />
11. Farmacêutica<br />
12. Transportes<br />
13. Agrícola</td></tr>
</tbody></table><br />
<table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left; width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" style="color: white; font-family: tahoma,verdana,arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">Fisgado pela educação</td></tr>
<tr align="justify"><td style="font-family: Verdana,Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">Aos 47 anos e formado em engenharia eletrônica pela Escola Politécnica da USP, Luciano Possani exerce há dois anos o cargo de diretor de TI do Grupo Anhanguera Educacional. Ele nem pensava em entrar na área, mas foi atraído pela oportunidade. "Educação não estava no universo de possibilidades que eu procurava no mercado depois de trabalhar alguns anos em uma empresa de TV por assinatura. Mas por meio de um processo coordenado por um headhunter fui indicado para o cargo e fiquei surpreso com a empresa e com todas as possibilidades que o mercado educacional oferece hoje para um executivo", descreve.<br />
Luciano destaca que o segmento tem desafios muito interessantes e que os grupos consolidados se tornaram atraentes para qualquer executivo. "Embora a área educacional tenha um marco regulatório forte, esse mercado cresceu muito e se sofisticou nos últimos anos. No meu segmento, por exemplo, o nosso desafio é como levar a educação por meio da tecnologia, como interpretar a educação como um processo de captação e retenção de alunos e como isso pode fazer a diferença no mercado."<br />
Para o diretor de TI, os profissionais com uma carreira de sucesso em segmentos como cartões de crédito e telecomunicações e ligados a marketing ou comercial são os mais procurados pelas instituições porque trazem para a educação uma experiência na implantação de processos vitoriosos em empresas maduras no desenvolvimento das melhores práticas do mercado.</td></tr>
</tbody></table>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-25514027753565886442010-07-16T05:24:00.000-07:002010-07-16T05:24:44.665-07:00O "que" de qualidadeNuma perspectiva em que a qualidade de uma instituição de ensino está diretamente relacionada ao papel que a educação superior cumpre para o aprimoramento pessoal e o desenvolvimento da sociedade como um todo, a busca por parâmetros de qualidade está muito mais relacionada à missão à qual cada instituição está atrelada e ao atendimento de sua função correspondente do que ao propósito meramente qualitativo. Assim entende Kiyoshi Fukushi Mandiola, membro avaliador da Comissão Nacional de Acreditação do Chile, órgão que avalia a coerência dos programas das instituições de educação superior daquele país.<div style="text-align: justify;">Na ocasião de sua visita a São Paulo para participar de seminário internacional sobre as novas dinâmicas da educação superior, em abril, Kiyoshi conversou com a revista Ensino Superior para falar de qualidade e inovação da gestão nas instituições de ensino. Com 25 anos de experiência em planejamento, implementação e gestão de instituições de educação superior, Kiyoshi é o vice-reitor de Aseguramiento de la Calidad (controle de qualidade) da Universidade San Sebastian.</div><div style="text-align: justify;">No Chile, assim como no Brasil, cada vez mais estudantes das classes de menor poder aquisitivo estão ascendendo à graduação. Para ele, a atual concepção de universidade deve experimentar uma mudança de paradigma, em que a formação acadêmica, a docência, atividades de pesquisa e a habilitação para o mundo do trabalho sejam consideradas distintamente.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Fale um pouco da experiência da UniversidadeSan Sebastian.</strong><br />
A Universidade San Sebastian tem 20 anos, 20 mil estudantes e já formou mais de 100 mil estudantes. É uma universidade na qual tudo o que fazemos tem um marco definido pela qualidade. A qualidade é um conceito que depende da definição de cada um. Para a Universidade San Sebastian, a qualidade está em fazer com que cada uma das pessoas que nela trabalham desempenhe sua função da melhor maneira possível e, portanto, tenha uma permanente disposição de melhorar o que faz.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - A qualidade está ligada também à satisfação dos profissionais que trabalham na instituição?</strong>A qualidade está em todos os âmbitos. A razão de ser da universidade são os estudantes. Sendo assim, nosso objetivo é entregar o melhor ambiente para que se possa estudar, melhores instrumentos e condições para que se possa aprender e, fundamentalmente, prepará-los para que sejam bons profissionais. Nossa universidade crê firmemente no conceito de mobilidade social. Com a educação superior podemos provocar uma mudança na qualidade de vida das pessoas, dos estudantes mais especificamente, e de todos que os rodeiam, da sua família. Os alunos que entram na nossa universidade não vêm de classe social com tradição na educação superior, vêm de setores médios. No Chile, sete em cada dez alunos são os primeiros membros da família a ingressar numa universidade. Esperamos que o aluno realmente quebre esse ciclo da realidade que tem vivido durante anos.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Como assegurar a qualidade sem comprometera rentabilidade?</strong><br />
Se pensarmos na qualidade como o que disse anteriormente, isso é uma falácia. O que quero dizer é que a qualidade está na melhoria de vida dos ingressantes. A instituição será mais eficaz na medida em que promover a inserção e a capacitação dos estudantes. Ao final, é isso que o mercado de trabalho e os próprios estudantes mais reconhecem. Então, no fundo, qualidade se paga sozinha. O melhor negócio na educação superior é fazer a coisa bem feita. </div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Como promover um ambiente de inovação dentro da instituição?</strong><br />
Oferecendo um ambiente adequado e exigindo que professores, funcionários e toda a equipe tenham conhecimento e estejam permanentemente se atualizando. Ensinando-os a ter vontade de aprender a ler o mundo, ou seja, a ter uma visão mais ampla e a entender que as coisas têm diferentes formas de ser compreendidas e realizadas. Com estes elementos é possível obter uma instituição inovadora. Não é possível conceber uma organização cujo ambiente é coercitivo, onde não há possibilidade de troca de ideias. Dessa maneira é como morrer pelo ócio. </div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Uma postura inovadora garante o sucesso da instituição?</strong><br />
Não é somente ter atitude. Tem de gerar um ambiente em que seja permitido aprimorar o conhecimento, dar possibilidade para que cada um seja capaz de viver o mundo de maneira correspondente, mas que não seja apenas conduzido, que busque corrigir. A inovação é um meio que deve ser utilizado conforme o que se almeja. É preciso ter clareza do que se quer ser como instituição de ensino. Ou seja, tenho de definir primeiro qual é o meu projeto, o que quero fazer e, a partir disso, escolher quais métodos vão me ajudar a atingir tal objetivo. Por outro lado é importante destacar que, em muitos casos, a inovação ajuda a construir uma identidade própria, a se diferenciar.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Como as ferramentas tecnológicas podem ajudar na administração de uma instituição e até que ponto isso é necessário hoje em dia?</strong><br />
A primeira coisa que uma instituição precisa fazer é definir sua identidade. A partir disso tem de buscar os mecanismos e tecnologias que vão ajudá-la a conseguir seus objetivos. Nesse momento a tecnologia passa a ser fundamental. A tecnologia hoje em dia é igual à eletricidade: quando está não é importante, mas se deixa de estar deixamos de enxergar. </div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Qual a importância do uso de ferramentas tecnológicas no gerenciamento das instituições de ensino?</strong><br />
Apenas contar com isso, sem dúvida, não ajuda a melhorar a qualidade do processo. A maneira como isso é operado tornar-se fundamental para melhorar a qualidade em qualquer instituição. E nesse processo podemos ter três setores envolvidos ocupando funções distintas, embora o processo em si ultrapasse os três: Quando eu vou até você para resolver alguma coisa e você me manda até outro, porque aquilo não lhe diz respeito e assim por diante, isso é um péssimo serviço. Mas quando todos têm a visão do processo, se preocupam com tudo, não somente com a parte que lhes toca, isso é bom. As ferramentas tecnológicas servem para isso: auxiliar no gerenciamento do processo pertinente a uma universidade.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Qual a sua ideia de empreendedorismo dentro das instituições de ensino?</strong><br />
É que cada pessoa seja capaz de saborear sua vida profissional conforme o seu sonho. Se eu tenho capacidade - e quando digo capacidade não é somente profissional mas também a proporcionada pelo ambiente ao seu entorno - para poder construir e alcançar o sonho que eu tenho como pessoa, eu estou sendo um empreendedor. E isso não tem relação apenas com a universidade. Para mim, empreendedorismo não é construir uma empresa, mas sim o resultado de querer fazer melhor. Se eu me ocupo em trabalhar para uma companhia que não é o meu sonho, não vai adiantar nada. A pergunta é: como desenvolver uma carreira, como planejar uma carreira para poder alcançar esse sonho? Isso é ser empreendedor.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Na sua opinião, como medir a qualidade de uma instituição e quem deve fazê-lo?</strong>É uma pergunta muito difícil porque, como disse, a qualidade depende de cada instituição. Então eu defino o que quero ser como instituição e se eu cumpro com isso estou tendo qualidade. O processo de acreditação verifica o grau de coerência existente entre o que se diz cumprir e o que realmente se faz. Portanto, um processo de acreditação bem conduzido, que não seja meramente punitivo, além de avaliar o bom desenvolvimento do projeto institucional, vai ser útil para sinalizar a qualidade da instituição na medida em que observa sua coerência. Dessa maneira eu diria que um processo de acreditação bem feito constitui uma ferramenta muito poderosa para garantir a qualidade da instituição.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Como a acreditação é feita no Chile?</strong>No Chile o processo de acreditação das instituições está sob a responsabilidade de uma Comissão Nacional de Acreditação (CNA), que tem como marco uma lei instituída para isso, que é a lei da seguridade da qualidade. E ela é encarregada de fazer todo esse processo. Já nos Estados Unidos são seis agências, uma para cada zona, e elas também garantem a qualidade, sempre assegurando que se cumpra primeiro a missão da instituição.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ensino Superior - Qual o caminho da universidade do futuro?</strong><br />
Essa também é uma pergunta difícil. Isso porque, na minha opinião, quando se trata de entender o que é uma universidade, trata-se de defini-la com um paradigma que é decorrente da atividade, ou seja, se é uma universidade, se é uma ordem geradora de conhecimento da sociedade, aí vai estar a pesquisa, a docência. A pergunta é se esse paradigma é válido hoje em dia nessa sociedade em que estamos vivendo. É lógico seguir definindo a universidade com base num paradigma ou há que se buscar uma nova definição? Creio que a universidade do futuro vai tratar de absorver isso. Haverá cada vez mais uma separação das instituições, por exemplo: aquelas que preparam para o mercado de trabalho, as que se dedicam a ser centros de pesquisa de excelência e aquelas que oferecem um ensino mais geral, do conhecimento pelo conhecimento.</div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-89498005533225250022010-07-16T05:20:00.000-07:002010-07-16T05:20:19.037-07:00Na trilha do educandoAté poucos anos atrás, a relação cotidiana entre professores e alunos durante os períodos letivos costumava ter prazo para acabar: quando tocava o sinal que encerrava a última aula. Daí até o dia seguinte, desapareciam momentaneamente da vida alheia. Nas férias, cada um seguia para o seu lado - e, exceto nos casos em que eram moradores do mesmo bairro e poderiam se encontrar casualmente na rua, uns só receberiam notícias dos outros quando retornassem ao convívio na escola. Situação parecida regia o convívio diário entre os próprios professores, que também se despediam dos colegas na última reunião do semestre e, salvo as exceções em que havia amizade consolidada ou parentesco, só os reencontrariam na primeira reunião do semestre seguinte.<div style="text-align: justify;">Um dia, alunos e professores deixavam a escola. A partir de então, transformavam-se em lembranças, que ficavam cada vez mais vagas com o tempo. Anos depois, alguns retornavam para matar saudades e contavam um pouco do que tinham feito da vida. Hora de festa, mas só por dez ou 15 minutos, pois a próxima turma aguardava o início da aula. Em seguida, os agora visitantes desapareciam novamente, voltando a se esconder por trás dos pontos de interrogação que, em muitos casos, já os acompanhavam quando estavam ali, mesmo tão perto, mas no fundo tão longe. Onde vivem? Como se divertem? No que acreditam e o que mais desejam? Como são as suas famílias? Em quem planejam votar nas próximas eleições? O que pensam da escola e dos professores?</div><div style="text-align: justify;">Nenhuma das situações descritas acima parece caber em escolas - de ensino fundamental, médio ou superior - do século 21. Menos por conta do que ocorre dentro delas, e muito mais em virtude das transformações provocadas por um braço imenso da "revolução digital", que tem na internet seu maior ícone: as redes sociais. Não se trata, evidentemente, de uma invenção recente, embora o nome soe para muitos como algo contemporâneo. Elas existem desde que um primeiro agrupamento de seres humanos decidiu manter contato regular, por motivos pessoais ou profissionais, para troca de informações, experiências, causos ou piadas. Praças, clubes, igrejas, bares e restaurantes sediavam os encontros dessas redes - cujos membros dispunham, a distância, dos correios (e, depois, do telefone) para mantê-las ativas.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Novas interações</strong><br />
Com a popularização da internet e dos novos recursos de telefonia móvel, essas redes sociais encontraram um facilitador até então inédito. Sua disseminação entre as novas gerações, familiarizadas desde a infância com o uso de computadores e de telefones celulares, estabeleceu um cenário radicalmente distinto para a interação social. Mesmo a distância, é possível se manter conectado a alguém. Em diversas circunstâncias, a própria distância tende a aumentar o grau de conexão. No âmbito da escola, essas transformações derrubaram simbolicamente paredes e muros. Não é mais preciso que todos estejam juntos na sala de aula ou no espaço escolar para que haja interação.</div><div style="text-align: justify;">Mais do que isso: novas categorias de trocas foram instauradas por essas redes. Já faz algum tempo que, para buscar respostas às perguntas do segundo parágrafo desta reportagem, e para inúmeras outras, inclusive algumas que você nem mesmo havia formulado, basta ligar um aparelho com acesso à internet e saber como navegar por ela. "Seria interessante que os educadores ficassem atentos a alguns dados", alerta a pesquisadora Sonia Bertocchi, gestora da comunidade virtual Minha Terra. "Redes sociais, como o Orkut e o Facebook, já são mais utilizadas do que e-mail. Até 2009, o Orkut foi a rede social dominante no Brasil, alcançando 21 milhões de visitantes únicos em setembro de 2008. Naquele mês, cada um deles passou em média 496 minutos no site e fez 28 visitas."</div><div style="text-align: justify;">Esse cenário, no entanto, se altera com velocidade impressionante. Em abril deste ano, um estudo da StatCounter - que monitora o uso da internet - colocou o Orkut em quinto lugar entre usuários brasileiros, com apenas 1,67% do total do tráfego. Na primeira posição, veio o Twitter, com 55,84%, seguido pelo Facebook, com 20,14%, e pelo You Tube, com 16,27%. O ranking inclui ainda sites menos conhecidos, como o StumbleUpon, com 3,19%, o Delicious, com 0,69%, e o Digg, com 0,34%. As demais redes sociais respondiam por 2,79% do tráfego brasileiro. Nesse mesmo estudo, os números globais traziam o Facebook na liderança, com 55,13%, seguido por StumbleUpon, com 21,83%, e pelo Twitter, com 7,15%.</div><div style="text-align: justify;">Sonia considera também que educadores deveriam levar em consideração "a demografia das redes sociais no que se refere ao uso pelos jovens". Pesquisa apresentada nos EUA em abril deste ano pelo site Flowtown (1) aponta para a predominância do público adolescente em algumas redes, como o My Space, em que a faixa de 0 a 17 anos representa o maior contingente. No Facebook, quase um terço dos usuários tem até 24 anos. Pouco menos de metade dos que frequentam o Reddit e o StumbleUpon <br />
não completaram 35 anos. Em quase todas as redes pesquisadas, o público com menos de 45 anos é <br />
amplamente majoritário.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;">"Os professores não podem, ou não deveriam, ignorar esses dados nem essas ferramentas", observa Sonia. "Seria interessante que olhassem para as redes sociais como ambientes virtuais que oferecem muitas formas de interação com diversas pessoas, que estimulam o contato com a diversidade sociocultural, criam condições para se fazer uma rede de amigos e para se manter informado pelo assunto de seu interesse." Um passo seguinte, recomenda, "seria os professores se apropriarem dos recursos oferecidos pelas redes sociais, visualizar o que trazem de possibilidades para a aprendizagem de seus alunos, e incorporá-los ao currículo de maneira inovadora".<br />
A pesquisadora Michele Schmitz, do Terraforum, acredita que nos últimos anos houve "avanços quanto à utilização de redes sociais por professores e gestores educacionais", mas que se trata de algo "ainda muito ínfimo". "Vejo que muitos educadores ainda não utilizam em larga escala as redes sociais e outras possibilidades da web 2.0 devido a vários fatores, mas o principal é a falta de recursos de infraestrutura tecnológica, pois ainda não temos computadores e internet de banda larga com qualidade em grande parte das escolas públicas do país", afirma. "Vejo na falta de acesso adequado um grande limitador para os professores conhecerem e utilizarem as possibilidades das redes sociais para o processo de ensino e aprendizagem."</div><div style="text-align: justify;">Michele prefere não encarar os professores de acordo com juízos que os consideram "resistentes a inovações tecnológicas". "O professor é um profissional que precisa reconhecer as possibilidades e o valor agregado ao processo de ensino e aprendizagem que as redes sociais, comunidades virtuais, blogs e microblogs propiciam", pondera. "Não basta ser 'novo', ele precisa vislumbrar o que esse 'novo' traz de benefício para sua prática pedagógica." Sua experiência aponta para "uma gama de professores e gestores educacionais utilizando cada vez mais as redes sociais". Esses já teriam percebido "os benefícios em relação a estar mais atualizado e, principalmente, trocando experiências com outros educadores".</div><div style="text-align: justify;"><strong>Novos usos</strong><br />
Ver "profissionais do conhecimento interagindo em redes sociais" corresponde, de acordo com Michele, a uma experiência "fascinante". "Em um projeto que desenvolvemos recentemente, utilizando redes sociais, ouvi de uma diretora de escola de ensino fundamental que atua há mais de 10 anos na educação pública a expressão 'é como se eu tivesse nascido novamente'", lembra. "Na ocasião, a diretora teve oportunidade de vislumbrar os benefícios da interação em rede. Não é mais um abrir janelas para ver o mundo e, sim, abrir janelas para interagir com o mundo. Isso nos faz concluir o quanto avançaremos em educação com o uso adequado das possibilidades das redes sociais."</div><div style="text-align: justify;"><strong>Portfólio digital</strong><br />
O entusiasmo de Gladys Gonçalves ilustra essa tomada de consciência. Professora na rede municipal de São Paulo e diretora na rede estadual, ela pensa que a internet promoveu uma "revolução". "Podemos dizer que há o mundo antes dela e o mundo depois dela", avalia. "Ela revolucionou os costumes e, principalmente, as relações sociais." O contraste entre "próximo" e "distante", na sua opinião, deixou de existir. "O que acontece lá se integrou com o que acontece cá. Hoje, o aluno é mais ligado ao que ocorre no mundo e criou um universo próprio no seu mundo virtual. No dia a dia das minhas aulas aprendo muito com eles. Parece que estão mais conectados do que eu, embora seja uma 'viciada'."</div><div style="text-align: justify;">Como a internet representaria "o mundo das possibilidades", Gladys acredita que "nós professores temos de correr atrás", mas lamenta que esse comportamento ainda seja o de uma minoria. "Muitos colegas desconhecem essa realidade, muitos ainda nem usam o e-mail, ou usam pouco. A internet é a porta do infinito, do ilimitado, uma ferramenta a mais, o amanhã, mas poucos a descobriram." Natural que, entusiasmada dessa forma com os recursos à disposição, tenha desenvolvido com seus alunos projetos ligados a redes sociais. Em 2009, quando assumiu o cargo de professora-orientadora de Informática Educativa na Emef Guimarães Rosa, criou um blog da escola (2).<br />
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Nele, procurou organizar posts sobre as atividades da escola, com destaque para os trabalhos dos alunos em sua disciplina. O resultado, na sua definição, é "uma espécie de portfólio digital" - objeto de reportagens do portal da Secretaria Municipal de Educação e do Diário Oficial do Município, além de ter sido visitado pelo secretário municipal, que o citou em seu blog. Gladys mantém perfis no Twitter, que visita diariamente, e no Orkut, onde diz ter "muitos amigos pessoais e de trabalho, assim como alunos e familiares", e que usa também para organizar "fotos de momentos da minha vida".</div><div style="text-align: justify;">"Sou seguidora de diversos blogs e procuro acompanhar tudo sobre educação e informática educativa", acrescenta. Paradoxo curioso, mas revelador de como o assunto é tratado em diversas redes de ensino: na escola em que Gladys implantou o blog, o acesso ao Orkut - a rede social "mais conhecida e usada pelos alunos", de acordo com sua avaliação - é bloqueado. "Os alunos adoram o Orkut e o valorizam demais, como se fosse a coisa mais importante da internet, e por aí eles se relacionam bastante", afirma. "Na escola, o único momento de contato dos alunos com a internet é na sala de informática, uma vez por semana. E ainda trabalhamos com equipamentos antigos."</div><div style="text-align: justify;">A geração de professores integrada desde a adolescência às redes sociais tem em Monique Buzatto, hoje com 22 anos, uma representante bem característica. "A primeira rede social que comecei a usar foi o Orkut, em 2004", lembra. "Estava no ensino médio, tinha 16 ou 17 anos, e uma amiga mandou um convite (ainda tinha isso!) para que eu fizesse meu perfil. Só usávamos para trocar aquelas mensagens super-relevantes que adolescentes trocam, sabe? (risos) Quando entrei na faculdade, em 2006, comecei a participar dos fóruns de discussão de algumas comunidades, principalmente as sobre literatura."</div><div style="text-align: justify;">Monique começou a ter alunos como amigos no Orkut em 2007, quando dava aulas de inglês para adolescentes em uma escola de idiomas. "O objetivo era que eles me mandassem as lições de casa por 'scrap', já que nunca as faziam no livro e eu via que eles estavam sempre online", explica. "A escola em que eu trabalhava tinha o lab, onde os alunos podiam acessar a internet antes da aula. Eles ficavam sempre no Orkut, então tive a ideia de aproveitar algo de que eles gostavam e usar aquilo a meu favor." Curiosamente, o comportamento dos colegas professores que se tornavam amigos na rede era (e continua sendo) muito diferente.</div><div style="text-align: justify;">"Os colegas professores me adicionavam, mas nunca realmente trocávamos mensagens", afirma. "Tenho bem mais contato com alunos do que com colegas de trabalho nas redes sociais. Acredito que as comunidades virtuais ajudam, sim, a entender melhor os alunos. Dá para saber os assuntos que eles comentam e seus interesses, como as bandas preferidas, os programas de TV, os livros que leem, se gostam ou não do Crepúsculo, do Justin Bieber, essas coisas." Monique recorda, em defesa da presença nas redes sociais, que "na faculdade os professores reforçavam a importância de contextualizar qualquer coisa que fôssemos ensinar e também a valorizar o conhecimento de mundo dos alunos, partindo disso para chegar onde gostaríamos".</div><div style="text-align: justify;"><strong>Do cotidiano à sala de aula</strong><br />
Em outras palavras, "preparar uma aula que fosse 'a cara' do aluno". No primeiro semestre deste ano, Monique teve apenas alunos adultos, com pelo menos 30 anos, que usam o Orkut, o Facebook e o Twitter. Como o principal objetivo é "que os alunos falem inglês a maior parte do tempo", ela se comunica com eles em inglês mesmo fora da aula, graças às redes sociais. "Comentamos as fotos um do outro no Facebook, fazemos piadinhas no Twitter", exemplifica. "Às vezes eu posto algum link de um vídeo em inglês para eles se divertirem. Mas, principalmente, eu vejo os assuntos de que eles falam e tento levar isso para a sala de aula, usando como ponto de partida para chegar na matéria que preciso ensinar."</div><div style="text-align: justify;">A professora Claudia Cristina Vieira Valério, que leciona nas redes estadual e municipal de São Paulo desde 1992, considera também que "a sala de aula está se completando com o espaço virtual". "Hoje os alunos se relacionam com seus professores de maneira muito mais próxima através das redes", afirma. "É através delas que eles conhecem o modo de vida de seu professor e até recebem orientações de atividades a serem realizadas e entregues. Postam seus trabalhos, expõem suas opiniões." Na Emef Franklin Augusto de Moura Campos, onde trabalha desde 2009 como orientadora de Informática Educativa, também coordenou a criação de um blog (3).</div><div style="text-align: justify;">Seu objetivo era "a troca de experiências entre professores, alunos e outras escolas, visto que a minha unidade ainda não tinha esse meio de comunicação". Participaram do processo alunos-monitores que formam a "Equipe Super@ção" e ajudam na alimentação do espaço virtual com matérias e imagens. "O que hoje me surpreende é o envolvimento da escola com o blog", comemora Claudia. "Ele avançou de tal maneira que quase não damos conta de sua alimentação pela quantidade de materiais que chegam às nossas mãos. Temos de usar outros canais para apresentação de nossas atividades, como o Ning e o Educarede."</div><div style="text-align: justify;">Além da aplicação profissional, Claudia utiliza redes sociais "para ter contato com familiares distantes, amigos, colegas de trabalho, alunos e até mesmo com superiores, a fim de receber informações e orientações diversas". Diversão também integra o pacote. "Faço uso das redes de maneira prazerosa e profissional visando conhecer pessoas e suas atividades, e dividir conhecimento." Na sua avaliação, os educadores já não enxergam as redes sociais com mistério ou preconceito. "Muitos já dividem com seus alunos divertimento, conhecimentos e informações", diz. "Há, de verdade, uma integração entre educação e mundo virtual."</div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-44072003213814287722010-07-10T07:19:00.000-07:002010-07-10T07:19:03.304-07:00Quanto vale o tempo<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Atualizar blogs, disponibilizar conteúdo na internet e responder e-mails são tarefas que passaram a fazer parte da rotina do professor. O tempo que antes era dedicado à preparação das aulas e correção de provas teve de ser dividido com a demanda dos mecanismos digitais como fóruns, plataformas on-line e redes sociais (Twitter, Facebook, Orkut e blogs). No entanto, as mudanças impulsionadas pelos avanços tecnológicos esbarram em uma questão que contrapõe o interesse de docentes e instituições de ensino: a remuneração. </span><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">O problema central nesse contexto é mensurar o tempo gasto com as novas ferramentas. "A tecnologia faz parte do cotidiano das aulas. O novo cenário exige alterações na contratação dos docentes", defende Fábio Reis, diretor de operações do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal). </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Por outro lado, quaisquer mudanças na rotina de trabalho, de qualquer profissional, geram resistência. A coordenadora de pesquisas da divisão de tecnologia educacional da Positivo Informática, Betina von Staa, lembra que esse período de introdução das tecnologias no ensino superior, iniciado há alguns anos, foi marcado pela reação aos novos métodos. "As pessoas levam um determinado tempo para aprender a lidar com o novo. Nessa época aparentava que o trabalho tinha triplicado", diz.<br />
Hoje, essa impressão começa a se dissipar, mas especialistas alertam que a fase ainda é de transição. "Alguns professores entendem a necessidade do aluno. Outros ainda estão se preparando ou usam os recursos de forma errada", reflete Erwin Alexander Uhlmann, professor do curso de ciência da computação da Universidade Guarulhos (UnG).<br />
Em meio à adaptação de ambas as partes, tanto das instituições quanto dos docentes, a discussão sobre as novas características do trabalho docente, e de como incorporá-las preservando as relações trabalhistas, ganha força. </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Para Fábio Reis, o modelo de remuneração por hora-aula, por exemplo, não deve sobreviver. "É preciso apostar em novas alternativas, como num novo contrato por um conjunto de tarefas", exemplifica. E complementa. "Esse modelo pede um novo perfil das instituições. Se ficará difícil controlar o tempo de trabalho, por que não verificar os resultados alcançados em determinado período? Esse é o grande desafio", acredita.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">No caso da educação básica, a convenção coletiva da categoria, assinada em maio deste ano, prevê o início das discussões sobre o pagamento do tempo dedicado ao trabalho tecnológico. Os debates devem ocorrer no âmbito intersindical e a expectativa é de que a regulamentação entre em vigor a partir de 2011. "A questão é importante e deve ser colocada em pauta entre os profissionais da área. Reuniões são válidas e ajudam a traçar um novo perfil da educação superior", opina Reis.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Outra dificuldade atual é a adaptação à legislação que permite que 30% das aulas presenciais sejam ministradas a distância. O assunto divide opiniões. "Ficará cada vez mais complicado contabilizar a quantidade de trabalho do docente, já que ele terá de atualizar conteúdos on-line e responder dúvidas com maior frequência. Daí a importância de incluir as atividades tecnológicas no pacote de extras que ele recebe normalmente para a preparação de aulas e correção de provas", defende Francisco Borges, diretor acadêmico da Veris Educacional. </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Já Josiane Tonelotto, diretora de desenvolvimento pedagógico da Universidade Anhembi Morumbi, considera que as tarefas relacionadas à tecnologia são importantes para o cotidiano do aprendizado, mas devem ser realizadas dentro do período normal de trabalho sem remuneração extra. "Assim como a capacitação dos docentes, a atualização de blogs e o uso do conteúdo virtual têm de ser incluídos na rotina, com o professor recebendo normalmente pelas horas trabalhadas". <br />
Uma forma de evitar desgastes desnecessários é deixar as regras claras no momento da contratação, sugere a coordenadora de pesquisas da Positivo Informática, Betina von Staa. "Os gestores têm de deixar claro o que esperam dos docentes. Vale especificar o que precisa ser feito em sala de aula e o que deve ser realizado fora dela", ressalta. </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">No caso de sentir que a instituição de ensino faz exigências que não foram pré-estabelecidas, é fundamental conversar com os coordenadores para definir novos formatos de remuneração ou de atividades a serem desenvolvidas. </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">E, em meio a esse processo, a maior responsabilidade é das instituições, diz o diretor da Faap, Rubens Fernandes Junior. "Além de pensar numa forma de oferecer remuneração justa aos docentes de acordo com o trabalho desenvolvido, é necessário mostrar que há outras maneiras de ministrar as aulas", alerta. </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Com apenas 21 anos, e membro de um programa para integrar docentes veteranos e recém-formados, a professora do curso de relações internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) Fernanda Magnotta vê de perto o conflito de gerações a respeito do uso da tecnologia, e acredita que o trabalho do professor não aumentou a partir do uso de novos recursos. "Ficou mais fácil trabalhar. O tempo é o mesmo que gastaríamos preparando uma aula e com a internet é possível conseguir resultados mais rápidos. Existe o ônus, mas também há um bônus", define. </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Para Fernanda, com o uso da tecnologia a relação do educador com o aluno fica mais próxima, o que facilita o desenvolvimento das aulas. "Aquele que se comprometeu a ensinar tem de se fazer presente - e isso é possível com o uso da tecnologia. Se o professor não começar a falar a mesma linguagem, será esquecido. É preciso mostrar que não somos inatingíveis." </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Na opinião de Jair Manoel Casquel Junior, coordenador do curso de administração da Faculdade Anhanguera Ribeirão Preto, existe uma opção que fará com que os docentes comecem a classificar a tecnologia de maneira positiva: enxergá-la como uma via de mão dupla. "As novas mídias valorizam o trabalho. São excelentes ferramentas, nas quais vale a pena investir algumas horas do dia. Elas darão visibilidade à carreira do docente", afirma. </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Marcos Formiga, professor do curso de engenharia da Universidade de Brasília (UnB) e estudioso das tecnologias aplicadas à educação, é mais enfático. "A atitude dos professores está em plena mudança. Temos de evoluir de acordo com a tecnologia e saber passar esse conteúdo para a nova geração", ressalta. Para ele, os métodos convencionais não satisfazem as exigências atuais. "Não existe mais o termo aprender na exaustão. O aluno está cansado do rigor e do formalismo educacional", diz. <br />
O grande desafio, segundo Nilbo Nogueira, mestre em educação pela Universidade de São Paulo (USP), é fazer com que o professor use os recursos tecnológicos em prol do ensino. "Não adianta apenas substituir a lousa por um arquivo de computador. É essencial planejar aulas mais interativas e que despertem o interesse dos alunos, pois eles são nativos digitais."</div><table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left; width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">Do analógico ao digital</td></tr>
<tr align="justify"><td colspan="2" style="font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">A profissão docente não é a primeira a passar por mudanças impulsionadas pela tecnologia. Basta analisar o histórico de outras carreiras para verificar que os novos recursos chegaram para modificar o dia a dia de muitos trabalhadores. Um exemplo é o jornalismo. Com o passar do tempo, os profissionais da comunicação abandonaram de vez as máquinas de escrever para dar início à era digital. Nesse contexto, tiveram de adaptar seus textos à linguagem da internet e reservar mais tempo para atualizar sites e redes sociais. <br />
Outro exemplo de profissional que passou por uma fase brusca de transição foi o fotógrafo, que viu a máquina analógica sair de cena e dar lugar ao modelo digital. Saber lidar com programas de tratamento de imagem também foi fundamental para mantê-lo no mercado de trabalho. No entanto, quando o assunto é construção civil, os profissionais envolvidos - engenheiros, projetistas e arquitetos - precisaram se matricular em cursos que ensinam a lidar com ferramentas digitais para elaboração de projetos. Situação semelhante à dos advogados, que passaram a realizar consultas das leis pela internet e a disponibilizar processos on-line. Na área da saúde, os médicos tiveram de voltar à sala de aula para conhecer mecanismos digitais, novas tecnologias e pesquisas.</td></tr>
</tbody></table><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><table bgcolor="#e5e5de" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left; width: 360px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#6e6d5e" colspan="2" style="color: white; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px;" valign="top">O caso da EAD</td></tr>
<tr align="justify"><td colspan="2" style="font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px;" valign="top">No caso da EAD, a discussão sobre o trabalho e o tempo docente se torna ainda mais premente. Para Marta de Campos Maia, professora da Fundação Getulio Vargas e conselheira da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), não há como negar que o trabalho do professor e do tutor cresceu nos últimos anos. "A sobrecarga é grande, pois o professor começou a lidar com esse sistema há pouco tempo. Mas, ele deve adaptar a metodologia e a forma de enxergar o ensino, se colocar no lugar do aluno e repensar o processo como um todo", afirma. <br />
Por isso, na opinião dela, o docente deveria receber pelo trabalho realizado fora do expediente. "A carga de trabalho é maior, por isso o professor deveria receber uma remuneração mais justa", ressalta. <br />
Além disso, os cursos a distância possuem grande quantidade de alunos, o que exige um tempo maior para o preparo das aulas, atualização do conteúdo e maior disponibilidade para solucionar dúvidas. "Os vínculos empregatícios devem ser discutidos. Não dá mais trabalhar por hora-aula", diz Jair Manoel Casquel Junior, coordenador do curso de administração da Faculdade Anhanguera Ribeirão Preto.<br />
Uma alternativa para enfrentar o novo cenário é optar pela contratação por módulos. "Algumas instituições propõem o pagamento por um trabalho específico. Se o docente for bom, se mantém e conquista seu espaço", diz o coordenador. <br />
No caso dos professores tutores a situação é ainda mais complexa. "É preciso prever uma remuneração específica para esse profissional, que precisa de um estímulo. A universidade deve estipular e acrescer uma porcentagem ao salário do tutor relacionada às atividades que ele realizou fora do horário de trabalho", opina Marta.<br />
E também no caso da EAD, a capacitação é a solução. "É mais do que necessário investir em capacitação de tutores e professores. Eles têm de estar aptos a ensinar", ressalta Marta. </td></tr>
</tbody></table><br />
<span style="color: red; font-size: medium;"><strong></strong></span>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-32600936694267546082010-07-10T07:13:00.000-07:002010-07-10T07:13:09.860-07:00Arte, esporte e envolvimento comunitário garantem os maiores Idebs do país<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Oficinas de músicas, jogos de futebol, gravações de curtas-metragens e pesquisas de campo. Promover essas atividades e trazer a comunidade para participar foi a receita das três escolas melhor classificadas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) — que mede a proficiência dos alunos em português e matemática e a taxa de aprovação — para alcançar os primeiros lugares. <br />
“O currículo é estipulado pelo MEC [Ministério da Educação] e é sempre o mesmo para todas as escolas. O diferencial é como ele é trabalhado, se inclui, por exemplo, artes, música, esportes”, avalia José Carlos de Souza, diretor da escola de aplicação da Universidade Federal de Pernambuco. O colégio foi o primeiro colocado no Ideb para a segunda etapa do ensino fundamental, alcançando nota 8,0 em uma escala de zero a 10. A média nacional foi 4. <br />
O colégio oferece aulas de música, artes e oficinas de cinema. “As escolas de aplicação foram criadas para implantar uma metodologia diferente do ensino mecânico”, conta o diretor. Além disso, a escola tem 45% dos professores com título de mestre e 32% de doutor. As salas têm, no máximo, 30 alunos. A estrutura é estendida para a comunidade em oficinas de música e esportes para outras escolas e para os moradores da proximidade. <br />
“Aqui aprendi a tocar flauta e pandeiro e agora estudo percussão”, conta Aline Dourada, aluna da 6ª série, de 11 anos. “Eu vejo que muitas escolas de amigos meus não oferecem música, artes e francês para os alunos”, conta Aline, que estuda há dois anos na instituição. <br />
As aulas de música que atraem Aline também fazem sucesso entre os alunos da escola carioca D. Pedro II, segundo lugar no Ideb entre a 5ª e a 8ª série, alcançando 7,6 pontos. O colégio público, que completou 172 anos e possui 14 unidades, oferece também aulas de desenho, além de grupos de estudo de ciências sociais e literatura. Ao todo, 85% dos professores são mestres ou doutores. <br />
“A unidade do bairro do Realengo surgiu da vontade de comunidade”, conta a diretora de ensino do colégio, Ana Cristina Cardoso. “Os alunos ajudam a manter uma biblioteca digital frequentada pelas pessoas de fora da escola, além disso, nos articulamos com empresas e universidades para que os alunos desenvolvam projetos de iniciação científica e para recebermos estagiários de licenciatura”. <br />
A aluna Rachel Goulart, que tem 15 anos e está no primeiro ano do ensino médio, lembra que ano passado fez as provas de Português e Matemática do Ideb. “Foi até fácil. Todo conteúdo já tinha sido trabalhado na aula”. Na escola, Rachel faz aulas de latim e um estágio na Fundação Getúlio Vargas. “Depois do colégio pretendo estudar em uma das universidades federais do Rio ou fora do Brasil”, planeja. <br />
<strong>Mesmo sucesso, outra estrutura</strong> <br />
Há cerca de 300 quilômetros dali, no município carioca Cambuci, a pequena escola estadual Oscar Batista conquistou o terceiro lugar no Ideb com uma estrutura menor que as duas primeiras, mas com ações parecidas. O colégio, que teve nota 7,4, articulou um projeto com a comunidade para combater a evasão e para incentivar os alunos nos estudos. <br />
“No último Ideb [divulgado em 2007] ficamos abaixo da média nacional. Aí reunimos uma equipe de educadores para visitar a casa dos alunos e conversar com os pais para impedir a evasão”, conta a diretora do colégio, Maria José Braga. Além disso, a escola promove projetos de conscientização ambiental, campanhas contra a dengue e apresentações de teatro e cinema para a comunidade. <br />
“O município é muito pobre. Não temos muitas opções de lazer, por isso os alunos e os moradores valorizam muito as atividades promovidas pela escola”, conta a diretora. “Os vídeos são produzidos pelos próprios alunos, em uma oficina que a escola oferece. Eles já fizeram um filme com ex-usuários de drogas da comunidade e os convidaram para assistir”, lembra. <br />
O aluno Walter Augusto, de 15 anos, é coordenador das oficinas de vídeo e de teatro e organizou a construção de uma videoteca na escola. “Estamos cadastrando um acervo com DVDs e fitas. Vamos fazer um cadastro para que os alunos possam levar os materiais para casa”, planeja. Walter também é o vice-presidente do grêmio estudantil, organizado há dois meses como uma das maneiras de atrair os alunos para a escola. Ele conta que sempre estudou no Colégio Oscar Batista e que ano passado, quando ingressou no 1º ano do ensino médio, conseguiu uma vaga em um colégio federal. “Como era muito distante tive que desistir da vaga, mas gostei da ideia de voltar para essa escola. Gosto muito daqui”, conta. “É uma escola pequena, mas bem equipada. Temos laboratórios de informática, física, biblioteca e agora nossa videoteca”, conta. </div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-41182302135107653152010-07-10T07:08:00.001-07:002010-07-10T07:08:41.492-07:00Políticas públicas visam modificar o ensino médio com várias inovações<div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Brasil está em ritmo de crescimento da qualidade da educação, ao superar as metas propostas para o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) em todas as etapas de ensino. Uma delas, porém, merece atenção redobrada: o ensino médio. O Ministério da Educação tem executado diversas ações para recuperar a qualidade da formação dos jovens e tornar a escola mais atrativa.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">“O aumento do Ideb no ensino médio será maior quando as crianças que hoje cursam o ensino fundamental chegarem lá, com uma formação mais sólida. Mas não devemos somente esperar; há políticas públicas que precisam impactar a geração atual”, afirma a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. </span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Uma das políticas se refere ao programa Ensino Médio Inovador, que tem o objetivo de incentivar as redes estaduais de ensino a diversificar os currículos escolares. O programa – que integra educação escolar e formação cidadã – começou este ano em 357 escolas públicas, nos 17 estados que aderiram. A ação tem apoio técnico e financeiro do governo federal. Parte do repasse foi feita em 2009 – R$ 10,8 milhões. Este ano, serão transferidos mais R$ 11,8 milhões. </span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O currículo proposto pelo Ensino Médio Inovador tem quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. Além disso, a carga horária deverá ser ampliada das atuais 2.400 horas nos três anos do ensino médio para, no mínimo, 3 mil horas, com aumento gradual de 200 horas por ano. </span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><strong style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Inovações </strong><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">– Outra inovação é oferecer aos estudantes a possibilidade de escolha de 20% da carga horária dentro das atividades da escola. Associar teoria e prática em laboratórios e oficinas em todos os campos do saber também faz parte, bem como valorizar a leitura e garantir formação cultural aos alunos. “A proposta do programa é replicável e sugere um desenho mais contemporâneo do ensino aos jovens”, ressalta Pilar.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Em termos de financiamento, o Ministério da Educação estendeu ao ensino médio todo o apoio que, até 2005, era voltado somente para o ensino fundamental. Repasses da merenda, transporte escolar e do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) chegam, agora, a toda a educação básica. O mesmo ocorre com os programas do livro didático e da biblioteca na escola. </span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Há, também, o programa Brasil Profissionalizado, que visa fortalecer as redes estaduais de educação profissional e tecnológica. Desde 2008, foram repassados R$ 1,2 bilhão a 23 estados brasileiros para que investissem na expansão dessa modalidade da educação. Para este ano, os recursos são de R$ 2 bilhões. A verba é investida de acordo com a demanda; os estados traçam metas e definem as principais necessidades, entre aquisição de material didático, construção, ampliação e reforma de escolas e capacitação de professores.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><strong style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Ensino técnico</strong><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> – O programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-TEC Brasil), de educação a distância, foi criado para expandir e democratizar a oferta de cursos técnicos de nível médio, especialmente na periferia das áreas metropolitanas. Os cursos são gratuitos e contam com tutoria presencial e a distância. O MEC financia o material didático impresso e virtual, além de garantir o pagamento de bolsas aos tutores. Hoje, 36 instituições, entre universidades estaduais e federais e institutos federais, oferecem 48 cursos, para 22.322 alunos, em um total de 194 polos de apoio presencial.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica também é marcante. Já funcionam 115 novas escolas em todo o país e, até o final do ano, outras 99 serão inauguradas. Assim, o país passará de 140 unidades criadas entre 1909 e 2002 para 354 até o fim do ano.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Quase todos os antigos centros federais de educação tecnológica (Cefets) e escolas agrotécnicas tornaram-se institutos federais de educação, ciência e tecnologia, com projeto político-pedagógico inovador. Com a mudança, houve uma repactuação das escolas federais de educação profissional com a educação básica, tanto no que diz respeito à oferta qualificada de ensino médio, quanto à formação de professores para essa etapa de ensino. Os institutos têm de reservar 20% das vagas a cursos de licenciatura em matemática, física, química e biologia, para ajudar a suprir a demanda por professores dessas disciplinas. </span></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-11643994875042887502010-04-30T11:40:00.000-07:002010-04-30T11:40:31.586-07:00Cemitério Particular<div class="post-body entry-content" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">“Tenho horror a hospitais, os frios corredores, as salas de espera, ante-salas da morte, mais ainda a cemitérios onde as flores perdem o viço, não há flor bonita em campo santo. Possuo, no entanto, um cemitério meu, pessoal, eu o construí e inaugurei há alguns anos, quando a vida me amadureceu o sentimento. Nele enterro aqueles que matei, ou seja, aqueles que para mim deixaram de existir, morreram: os que um dia tiveram a minha estima e perderam.<br />
Quando um tipo vai além de todas as medidas e de fato me ofende, já com ele não me aborreço, não fico enojado ou furioso, não brigo, não corto relações, não lhe nego o cumprimento. Enterro-o na vala comum de meu cemitério – nele não existe jazigo de família, túmulos individuais, os mortos jazem em cova rasa, na promiscuidade da salafrarice, do mau caráter. Para mim o fulano morreu, foi enterrado, faça o que faça, já não pode me magoar.<br />
Raros enterros – ainda bem! – de um pérfido, de um perjuro, de um desleal, de alguém que faltou à amizade, traiu o amor, foi por demais interesseiro, falso, hipócrita, arrogante – a impostura e a presunção me ofendem fácil. No pequeno e feio cemitério, sem flores, sem lágrimas, sem um pingo de saudade, apodrecem uns tantos sujeitos, umas poucas mulheres, uns e outras varri da memória, retirei da vida.<br />
Encontro na rua um desses fantasmas, paro a conversar, escuto, correspondo às frases, às saudações, aos elogios, aceito o abraço, o beijo fraterno de Judas. Sigo adiante, o tipo pensa que mais uma vez me enganou, mal sabe ele que está morto e enterrado".<br />
</span><div style="text-align: right;"><span style="font-size: small;">Trecho de "Navegação de Cabotagem", de Jorge Amado. </span></div></div><div class="post-footer"> <div class="post-footer-line post-footer-line-1"><span class="post-icons"><span class="item-control blog-admin pid-870596566"><br />
</span></span></div></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-44422563289937059692010-04-30T11:38:00.000-07:002010-04-30T11:38:33.975-07:00Uma nova linguagem acadêmica<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">S</span><span style="font-size: small;">e antes a imagem que a academia projetava era a de um rosto sisudo e quase autoritário, com distintos senhores confabulando a respeito de seus saberes, hoje é possível dizer que essa representação passa perto de uma pessoa jovem e conectada. Com a democratização do acesso ao ensino superior e a proliferação das novas tecnologias, era quase inevitável: a linguagem acadêmica está mudando.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Para conhecer a consequência desse processo, entretanto, ainda é preciso tempo, mas a representação máxima do conhecimento, ou seja, a formulação de teses acadêmicas, tem se beneficiado dessas novas possibilidades. Ao mesmo tempo que estudam o fenômeno social, as universidades se colocam na vanguarda de seus experimentos, com a permissão para que seus alunos apresentem dissertações em forma de blogs, livros, vídeos digitais ou via skype.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Tanto em pesquisas como no próprio ensino, é possível verificar, cada vez mais, a incorporação dessas novas tecnologias. Um dos exemplos concretos é o aumento na oferta de cursos a distância, mas, uma vez que os alunos chamados "nativos digitais" (nascidos depois dos anos 80) dominam as novidades tecnológicas, a academia passa a ser parte integrante desse processo, inserindo, crítica e reflexivamente, a apropriação e utilização destas novas linguagens no cotidiano do ensino, da pesquisa e da extensão. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Hoje é possível assistir a apresentações finais de TCCs, teses e dissertações por meio de vídeos digitais, fotografias, power point e até skype, por exemplo. Além disso, a grande maioria dos trabalhos é disponibilizada na internet. "Isso significa uma acessibilidade sem limites, incomparável com o formato tradicional do exemplar impresso nas mãos de poucos professores e na estante de uma biblioteca", afirma Paulo Cesar Duque Estrada, pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Apesar disso, segundo ele, acessibilidade não significa garantia imediata de maior entendimento do público em geral. "Quem recebe a informação terá de possuir capacidade para processá-las, ou seja, ainda não se inventou uma tecnologia que substitua o processo de formação acadêmica por meio do qual se adquire a necessária capacidade de pensar com rigor e, assim, se tornar um pesquisador ou pesquisadora", avalia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Neste contexto, há duas linhas a serem pensadas, de acordo com a coordenadora do curso de letras da PUC de Minas Gerais (PUC-MG), Juliana Alves de Assis. O primeiro é que o uso de recursos tecnológicos pode, sim, tornar a apresentação mais dinâmica e interativa. O segundo é que há pesquisas que tomam a tecnologia e as práticas discursivas em que ela é empregada como objeto de estudo. Neste caso, o uso da tecnologia em questão pode ser imprescindível à compreensão do próprio objeto de pesquisa. "As tecnologias fazem parte de nosso cotidiano, das práticas sociais das quais participamos. Nessa medida, são importantes tanto como ferramentas para os eventos de interação do domínio acadêmico quanto como objetos de estudo", explica a professora.</span></div><div border="0" hspace="0" style="text-align: justify;" vspace="0"><span style="font-size: small;">O pesquisador é um dos que mais utilizam novas formas de tecnologia em seus trabalhos. Os sites e programas ligados à internet, os mecanismos para armazenamento e trabalho com dados coletados, tudo isso passa a ser mais rápido. "A depender da área do conhecimento, são indispensáveis recursos como imagens, vídeos, arquivos de som. Desse modo, a utilização de tecnologia poderia não apenas facilitar as apresentações, mas, principalmente, proporcionar-lhes maior qualidade de reprodução", afirma Mauro Dunder, doutorando em letras pela Universidade de São Paulo (USP) e professor da Universidade Bandeirante (Uniban). "Mas no que diz respeito a apresentações de trabalhos, a academia não se livrará tão cedo do apego que tem a determinadas tradições", completa. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><table style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left; width: 1px;"><tbody>
<tr><td><span style="font-size: small;"><br />
</span></td></tr>
<tr><td><span style="font-size: small;"><br />
</span></td></tr>
</tbody></table><span style="font-size: small;">Pedro Jacobi, professor da Faculdade de Educação e do programa de pós-graduação em ciência ambiental (Procam) da USP, concorda. Para ele, utilizar novas tecnologias não é tão simples, já que existe um ritual a se cumprir e um tempo disponível para apresentação. Mas ele se diz favorável a todo tipo de experimentação que possa complementar, de forma criativa, uma apresentação, assim como a transmissão online das defesas, o que abre espaço para um público muito mais amplo. "Tive a oportunidade de ver um orientando meu utilizar, na sua defesa, material em vídeo. O mais importante é analisar a qualidade do produto final. A academia ainda tem uma ritualística muito pouco criativa que dialoga quase nada com as novas mídias digitais", afirma.</span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Muitos docentes acreditam que as tecnologias devem servir ao conteúdo e não o contrário. Uma excelente ideia, por exemplo, não pode se tornar coadjuvante para um espetáculo de recursos tecnológicos ou que esse espetáculo esconda um vazio teórico. É necessário saber empregar a melhor linguagem tecnológica para que o conceito seja bem compreendido e a aprendizagem, favorecida. "O investimento em uma apresentação performática do ponto de vista tecnológico deve ser usado como ferramenta a serviço da elucidação dos tópicos centrais do trabalho. Esse deve ser o aspecto central a ser levado em consideração pelo aluno", defende Paulo Gomes Cardim, reitor do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. "Às vezes, até um power point atrapalha. Já vi muitas apresentações pirotécnicas inúteis e dispersivas. Em muitos casos, nada supera um bom debate", completa André Azevedo da Fonseca, coordenador do curso de comunicação social da Universidade de Uberaba (Uniube), em Minas Gerais. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Ele defende a ideia de que todos os trabalhos devem ser publicados na internet, o que tende a inspirar uma responsabilidade crescente nos alunos. "Por um lado, os estudantes se sentem mais motivados, pois, em vez de serem engavetadas, as suas produções intelectuais são publicadas e podem contribuir para a visibilidade profissional. Por outro lado, a publicação na web faz com que os alunos evitem o "copy/paste" [copia e cola] ou a simples má vontade, pois a visibilidade do trabalho facilita a denúncia", diz o professor. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Esse processo pode ainda ser facilitador do trabalho dos professores e alunos, na medida em que propicia a participação de um número maior de pessoas, sem restrição de tempo, espaço ou recursos e dá mais agilidade na busca de informação, com mais pessoas pesquisando conjuntamente. Além disso, podem ser replicadas indefinidamente. "A simulação ou a gravação de experiências, por exemplo, diminui a necessidade de laboratórios, materiais, professores e alunos presentes para realizar e/ou observar o que se está estudando", diz a professora do departamento de letras da PUC do Rio de Janeiro, Violeta Quental, para quem a tecnologia sempre auxilia o pesquisador, seja ela o lápis ou o computador, já que surge da pesquisa, muitas vezes dentro da própria academia. "Nesse sentido, o pesquisador é totalmente aberto ao uso da tecnologia. No entanto, ainda há muito a pensar em relação a uma nova linguagem na academia, a uma substituição completa da linguagem verbal por outras linguagens", afirma.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Consultora de educação a distância, a professora Márcia Augusta Marinho Petrone acredita que, se houverem aulas com boas questões, material contextualizado, desafios interessantes e criativos, a manutenção da mesma lógica "tecnoeducacional" nos projetos de conclusão de curso será natural. "Os recursos podem tornar mais dinâmicos os processos, mais profundas as buscas de informação, mas o que dará a efetividade no processo educativo é a qualidade de como é desenvolvido o programa, de como o professor conduz os problemas, os temas escolhidos de interesse, a participação diversificada dos alunos, a busca das soluções criativas e importantes para a comunidade", explica a professora, para quem ainda é muito tímido o uso dessas tecnologias dentro das instituições. "Nos locais nos quais se formam professores, por exemplo, dificilmente vê-se o uso de tecnologias. Logo, não é de se espantar que os alunos usem muita tecnologia, mas fora da sala de aula. Certamente temos muitas experiências de sucesso e precisamos continuar a estudar, pesquisar, participar e promover a entrada de novos conhecimentos na escola", diz. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Para ela, o contexto de cada instituição de ensino, de seu corpo discente e até do docente, apresenta diferentes realidades, e isso precisa ser considerado. "Eu diria que nos cursos de pós será efetivamente mais fácil utilizar a tecnologia para exames, teses e bancas finais. A videoconferência suportaria facilmente essa situação e certamente os alunos não teriam dificuldades", diz. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Estimular o uso desses recursos durante todo o processo educativo do curso também é importante. Na PUC do Rio Grande do Sul, diferentes unidades acadêmicas dispõem de espaços educativos equipados para permitir o acesso e a inserção dos futuros profissionais na 'realidade tecnológica'. "Por conta disso, as apresentações dos trabalhos acadêmicos, em qualquer curso, podem envolver desde as tecnologias de suporte convencionais ao trabalho de sala de aula, como projetores multimídia e computador com acesso à internet, até a utilização de sofisticados recursos computacionais de simulação, ou mesmo a inserção de contatos virtuais síncronos, também via internet (skype) e/ou outras ferramentas de EAD, com professores ou especialistas, ou, ainda, integrantes de bancas examinadoras que não se façam presentes no campus, no momento das defesas", explica a diretora da Faculdade de Educação da PUC-RS, Marília Costa Morosini.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Quando os canais de acesso à informação são chancelados pela universidade, amplia-se o alcance da produção desses conhecimentos e as condições para a sua compreensão e entendimento por um maior número de receptores, não só da área acadêmica. "O papel da academia é também produzir ciência e tecnologia, estendendo à sociedade os frutos do seu trabalho, e não apenas disseminar o conhecimento historicamente acumulado pela humanidade no espaço restrito da sala de aula", diz Morosini.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Embora experiências como essas estejam sendo realizadas, o professor de sociolinguística da USP Luiz Antonio da Silva acredita que o acesso a esses recursos pelas instituições ainda é pequeno, principalmente nas universidades públicas. "Ainda assim, creio que a academia não deva ficar alheia às inovações tecnológicas, tomando o devido cuidado para não usar sem uma finalidade definida, isto é, apenas para parecer moderno", diz o professor, que orienta o aluno Artarxerxes Tiago Tácito Modesto, doutorando em letras pela USP, "um dos alunos que possuem experiências mais inovadoras com relação ao uso de novas tecnologias em apresentações finais de trabalhos", <span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">descreve</span>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Em sua dissertação de doutorado, ainda em curso, Modesto pretende utilizar conversas realizadas online e, como apoio, apresentar data show para exibir gráficos e emoticons (figuras usadas em ferramentas de bate-papo), entre outros elementos discursivos, além de, "quem sabe", fazer uma demonstração em tempo real dos fenômenos analisados na pesquisa, através da interação eletrônica. "Não acredito que os trabalhos tradicionais estejam com os dias contados. Afinal, as novas tecnologias não vieram substituir a episteme, mas sim conferir novas maneiras de se chegar até ela. Acredito numa simbiose natural entre os meios de divulgação tradicionais e os inovadores. Não há melhor ou pior, apenas maneiras diferentes de divulgar os resultados da investigação", diz o aluno.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-24509712926578365542010-04-30T11:31:00.000-07:002010-04-30T11:31:57.929-07:00Procura-se um educomunicador<div class="materia_texto" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Com a rápida evolução das novas tecnologias, a comunicação tem se tornado cada vez mais popular e o acesso à informação mais simples. Porém, isso não significa que os receptores já estejam dominando a novidade. Assim, a relação comunicação e educação é atualmente um dos principais focos de atenção dentro das instituições de ensino. É sob essa perspectiva que a educomunicação tem ganhado força.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ismar de Oliveira Soares diz que é ao mesmo tempo jornalista, professor e educomunicador. Com pós-doutorado em comunicação e educação pela Marquette University Milaukee Wisconsin, é professor da Escola de Comunicações da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da instituição, além de ocupar a vice-presidência do World Council for Media Education, com sede em Madri, Espanha.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Principal responsável pela criação do novíssimo curso de licenciatura em Educomunicação da USP, que estreia em 2011, muitos estudiosos apontam Ismar como o primeiro a usar o termo no Brasil. O professor explica que o conceito da área passou por mudanças, e aponta cuidados que as universidades devem ter para não utilizá-lo de "forma inadequada".<br />
Bastante otimista ao falar do futuro da educomunicação, Ismar de Oliveira também afirma que a busca pelo profissional com formação nesse campo cresce cada vez mais no mercado e que as instituições de ensino particular têm um papel importante a desempenhar no processo, que vai além do preenchimento de vagas. Leia abaixo a entrevista concedida à revista Ensino Superior:</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - Como se define o conceito de educomunicação?</strong><br />
Em primeiro lugar, é importante entender que ao longo dos anos houve uma mudança no conceito. Até o início da década de 1990 a Unesco identificava a educomunicação como todo trabalho de educar para a mídia e formar um receptor crítico. Atualmente, ela significa apoderar-se dos recursos tecnológicos e praticar a comunicação a partir de uma igualdade de condições pelas quais comunidades se envolvem para construir espaços democráticos, participativos. Uma realidade na qual a comunicação é utilizada para exercer a cidadania com uma intenção educativa, mas também se preocupando com o mercado. Em outras palavras, a educomunicação desenvolve e implementa meios comunicativos em espaços educativos regidos por uma gestão democrática.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - Ela é uma profissão do século 21? Qual o perfil do seu profissional?</strong><br />
Sem dúvida. Há 20 anos o educomunicador era considerado alguém que realizava uma ação voluntária, um bom comunicador interessado na comunidade. Porém, com a mudança de conceito e os trabalhos que foram sendo desenvolvidos na área, o profissional da educomunicação passou a ser reconhecido. É alguém que domina as tecnologias de informação, mas que empresta a elas todo um sentido social, participativo, com uma fundamentação humanista forte. Posso citar como exemplo a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, que tem normas publicadas para o desenvolvimento da educomunicação nas escolas públicas. São professores que se convertem em educomunicadores, ou seja, temos aí uma ação profissional. </span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - Muitos entendem o educomunicador antes como um professor que utiliza as mídias para as práticas pedagógicas. O senhor concorda?</strong><br />
O educomunicador não é necessariamente um professor. É claro que um docente pode ser um educomunicador, mas tanto quanto um jornalista ou um publicitário podem ser também. Não basta apenas usar a mídia em sala de aula, isso não significa uma ação educomunicativa. Tal ação só existe quando um espaço comunicativo é criado e os alunos compartilham a produção do conhecimento. O professor educomunicador, no ambiente escolar, dá autonomia, permite que o aluno seja protagonista. </span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - Como usar a comunicação, segundo a educomunicação, dentro de uma instituição de ensino superior?</strong><br />
Em qualquer instituição de ensino superior, quando se fala em comunicação, a assessoria de imprensa e os profissionais do marketing logo vêm à mente. Já uma equipe de educomunicação, no caso, auxilia a alta direção da organização a repensar suas relações com o próprio meio. É como uma assessoria especializada. Essa assessoria pode fazer uso dos instrumentos de relações públicas, publicidade e jornalismo, porém antes vai realizar um planejamento para mostrar como uma instituição pode ser orgânica. O mercado e o capital continuam sendo elementos importantes, mas que constituem, sobretudo, um espaço de diálogo e produção de cultura. </span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - O educomunicador também é um gestor?</strong><br />
Ele é gestor por natureza. O conceito de gestão é inerente ao conceito de educomunicação. A educomunicação se divide em várias áreas de intervenção. O educomunicador planeja ações em um sistema para que a prática da educomunicação tenha sentido. Entre suas funções, esse profissional precisa sempre saber formar e orientar equipes, produzir avaliações, prever necessidades de tecnologia e sustentabilidade nos projetos em que está envolvido.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - As instituições de ensino superior no Brasil já estão preparadas para atender esse novo mercado?</strong><br />
As universidades têm condições, mas hoje não estão preparadas. Sem dúvida há uma mobilização. Existem muitos cursos de especialização, surgiu também uma graduação de bacharelado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O maior risco é utilizar o conceito de educomunicação de uma forma inadequada. No momento, o sistema educacional e o ensino superior em geral ao pensar em educomunicação pensam em TICs e tecnologia educativa, o que não é correto. É preciso também ter o cuidado para que o tema não seja usado somente dentro de uma visão mercadológica, sem a responsabilidade social inerente a essa prática. Essa é uma das grandes preocupações do novo curso da USP. Formar pessoas para atender a demanda nas universidades, e em condições de criar bons cursos nas universidades que assim desejarem.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - Como será esse curso de licenciatura em educomunicação da USP?</strong><br />
Será um curso noturno, de 2.800 horas, oferecido pela Escola de Comunicações e Artes. As disciplinas pedagógicas serão cursadas na Faculdade de Educação. A primeira turma inicia as aulas em 2011. As disciplinas serão divididas em três áreas de formação: básica, específica e pedagógica. Na primeira, vamos discutir as teorias da educação, comunicação e o futuro da profissão. No campo das específicas, as aulas vão discutir leituras de mídia, gestão dos processos de comunicação, uso das tecnologias nos espaços educativos e planejamento e avaliação de processos. Já as disciplinas pedagógicas serão cursadas na Faculdade de Educação, para aproximar os alunos da prática docente. Além disso, eles terão de realizar 400 horas de trabalho em organizações, para aperfeiçoar a profissão.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - A abertura do curso serve para suprir uma demanda de professores no próprio curso da universidade? Qual o mercado para os professores que se especializam nessa área?</strong><br />
O mercado inicial está voltado para a educação formal, pois existe uma carência de professores de comunicação. Com a LDB, as escolas passaram a ter uma autonomia para criar disciplinas. No entanto, a norma solicita que as instituições reservem 25% da carga horária para a área de comunicação, que deveria ser dividida entre as disciplinas de línguas e de mídias. Só que as escolas não têm adotado a prática de professores voltados para mídia porque não existe esse profissional. O nosso primeiro objetivo então é atender à demanda do ensino médio para introduzir a comunicação como está na lei. Mas temos também um atendimento imediato ao terceiro setor. As organizações não governamentais estão cada vez mais ampliando o campo de formação em trabalhos voltados para criança e mídia. E há ainda espaço nos canais de televisão e rádios educativas, além dos canais segmentados, que serão exigidos com a digitalização da televisão. <br />
<br />
<strong>Ensino Superior - O educomunicador pode atuar em empresas ou está restrito às instituições de ensino?</strong><br />
A educomunicação está engatinhando nas empresas, mas acredito que onde existem grupos humanos pode-se pensar nela. Uma empresa preocupada em dialogar com seu entorno pode patrocinar ações de organizações que apliquem a educomunicação. É o caso da Petrobras, da Vale. E é possível o educomunicador trabalhar também dentro da empresa. A educomunicação advoga maior liberdade de expressão e as empresas podem admitir que isso aconteça em algumas áreas. Na verdade, muitas já estão se abrindo neste novo campo que cada vez mais cresce, chamado responsabilidade social. É a partir daí que as organizações começam a olhar para os seus empregados e percebem que é preciso mudar as relações. </span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - Existe uma demanda crescente para esse tipo de profissional?</strong><br />
Ela é visível em termos de solicitação. Aponto exemplos: atualmente, o Ministério do Meio Ambiente tem um grande problema para que a população tenha acesso a informações. Por isso, a pasta criou o Programa de Educomunicação Socioambiental, que promove a produção de programas e campanhas educativas socioambientais, e está contratando pessoas especializadas para geri-lo. Já no Ministério da Educação há uma discussão sobre a reforma do ensino médio, e uma das propostas é aumentar o ensino em um ano, para que se desenvolvam práticas educomunicativas. Ou seja, vamos precisar de especialistas para essa faixa. E o terceiro setor também está se desenvolvendo. Então, não há dúvidas de que estamos diante de um crescimento. </span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>Ensino Superior - Qual pode ser o papel das instituições particulares no desenvolvimento desse novo campo?</strong><br />
Acredito que o Brasil necessita neste momento de um investimento na formação de educomunicadores. As grandes mantenedoras deveriam estar discutindo mais esse tema. Em 1999 foi realizado um encontro em São Paulo, chamado Mídia e Educação. Uma das conclusões foi a de que as universidades que tivessem bons cursos de pedagogia e comunicação deveriam começar a pensar na formação do educomunicador. E as mantenedoras estavam presentes. Penso que chegou o momento novamente de elas refletirem o que significa entrar nesse novo nicho. Assim como as instituições particulares podem servir para atender a uma demanda na formação de novos profissionais, elas podem definir, em conjunto com o ministério e com as universidades públicas que já estão pesquisando o assunto, parâmetros sobre como avançar nesse campo de forma adequada.</span></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-67853666077431751832010-04-16T12:38:00.000-07:002010-04-16T12:38:00.283-07:00Pesquisa mostra que estresse no trabalho prejudica a voz do professor<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O estresse no trabalho aumenta de 6 a 9,5 vezes a possibilidade de o professor se tornar incapaz para o trabalho, pois é um dos fatores que influencia em problemas de voz em docentes. Essa é uma das conclusões de pesquisa feita pela fonoaudióloga Susana Giannini, da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo). Cansaço na fala, ficar sem voz, ter rouquidão ou apresentar coceira, pigarro e dor na garganta são alguns dos sintomas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As alterações na voz ocorrem por três fatores principais: o pessoal, que são os cuidados básicos com a voz, a alimentação, a qualidade do sono, a hidratação (tomar goles de água enquanto fala) e o exercício de aquecimento vocal antes do início da aula; os ruídos provocados por classes numerosas ou por indisciplina; e as condições de trabalho e de ambiente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os distúrbios de voz atingem de 60% a 70% dos professores; na população em geral, o índice é de 11%. Mesmo diante deste porcentual elevado, a maioria dos profissionais não procura orientação ou demora muito para buscar ajuda. Sem orientação e prevenção, a doença tende a se agravar, até incapacitar o professor de dar aula. Quando isso ocorre, o professor é obrigado a interromper a carreira, às vezes precocemente, e passa a fazer trabalho burocrático, explica Susana.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o adoecimento vocal, o professor perde a qualidade da voz e isso interfere no aprendizado dos alunos. Outro agravante é que o docente precisa arcar com as despesas médicas para o tratamento e perde benefícios que receberia se continuasse a exercer a função. Isso ocorre pois o distúrbio não é reconhecido pela Previdência Social como doença ocupacional --embora a OIT (Organização Internacional do Trabalho) considere a categoria como a que tem maior risco de ficar sem voz.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se o distúrbio for considerado como doença ocupacional, haverá aprimoramento do diagnóstico e do tratamento dos docentes, diz a pesquisadora. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pesquisa</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para confirmar se o estresse era uma causa da doença na voz, a fonoaudióloga avaliou 167 professores de ensino infantil, fundamental e médio com distúrbios de voz na cidade de São Paulo. Depois, comparou o resultado com 105 colegas saudáveis, provenientes das mesmas escolas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O estudo constatou, por estatística, que há relação entre ter distúrbios vocais e estresse provocado pela organização do trabalho. Professor com distúrbio vocal tem de 6 a 9,5 vezes mais probabilidade de perder condições de executar seu trabalho antes de chegar à aposentadoria. O estresse foi medido pelos níveis de excesso de trabalho e pela falta de autonomia sobre este.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quase 70% dos que tinham problemas vocais apresentaram excesso de trabalho, mostrando que a pressão para realizá-lo era média ou alta. Nos professores saudáveis, a porcentagem foi 54,4%. Em relação à autonomia, 73% dos professores com distúrbio de voz mostraram ter pouca ou média autonomia sobre o trabalho. No outro grupo, a porcentagem foi de 62,1%.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fatores de risco</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os fatores de risco devem ser considerados conforme a intensidade, o tempo de exposição, a duração do ciclo de trabalho, a distribuição das pausas ou a estrutura de horários, entre outros. São agrupados nas categorias organizacional, biológica e ambiental:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">•Organizacional – Jornada de trabalho prolongada; sobrecarga, acúmulo de atividades ou de funções; demanda vocal excessiva; ausência de pausas e de locais de descanso durante a jornada; falta de autonomia; ritmo de trabalho estressante; trabalho sob forte pressão e insatisfação com o trabalho e/ ou com a remuneração.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">•aspectos biológicos da voz – São as alterações advindas da idade, alergias, infecções de vias aéreas superiores, influências hormonais, medicações, etilismo, tabagismo e falta de hidratação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">•ambiental – Os fatores ambientais incluem riscos físicos (ruídos, desconforto e choque térmico, dentre outros) e riscos químicos (exposição a produtos irritativos de vias aéreas e presença de poeira ou fumaça no local de trabalho).</span></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-24302573175233911232010-03-29T09:17:00.000-07:002010-03-29T09:17:11.580-07:00Brasil começa a discutir um "SUS" para a educação nesta segunda-feira<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Começam, nesta segunda-feira (29), os debates para a criação de um "SUS" da educação. Eles fazem parte da Conae (Conferência Nacional de Educação), que ocorre em Brasília, até o dia 1º. Devem participar 2.500 delegados eleitos em municípios e Estados e mais 500 observadores. A Conae vai elaborar o PNE (Plano Nacional de Educação) para a próxima década que será apresentado pelo MEC (MInistério da Educação) ao Congresso Nacional. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A ideia, defendem alguns especialistas, é criar um sistema que integre os governos municipal, estadual e federal -- assim como o SUS (Sistema Único de Saúde). Wagner Santana, oficial de projetos da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil é um dos engrossam o coro por uma rede que integre os três níveis de governo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Coautor do livro “Educação e Federalismo no Brasil: Combater as Desigualdades, Garantir a Diversidade”, Santana concedeu uma entrevista por e-mail sobre o sistema nacional de educação. Ele é enfático sobre o que o país precisa no campo das políticas para o ensino: "É fundamental o estabelecimento de metas realistas e ao mesmo tempo desafiadoras, que sejam monitoradas e avaliadas constantemente e com amplo controle social". Confira parte da entrevista:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>UOL Educação</strong> - Um Sistema Nacional de Educação deveria ser parecido com o SUS? Em que medida?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Santana </strong>- A proposta de Sistema Nacional de Educação atualmente em discussão trata especificamente da construção de diretrizes educacionais comuns a serem implementadas em todo território nacional, respeitando-se as diversidades regionais e tendo como perspectiva a superação das desigualdades regionais. A proposta em discussão atribui também ao Sistema Nacional de Educação um papel de articulador, normatizador e coordenador e, sempre que necessário, financiador dos sistemas de ensino.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ou seja, não se trata de implementar um “SUS da Educação”, mas de construir estratégias para que a educação brasileira tenha referenciais nacionais de qualidade e que a oferta educativa pelos sistemas de ensino estadual e municipal de todo o país tenha maior identidade. O desenho institucional desse sistema é uma das tarefas a ser enfrentada no processo de elaboração do novo Plano Nacional de Educação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>UOL Educação</strong> - O SUS é um modelo elogiado por especialistas, mas, no dia a dia, a população enfrenta problemas que vão da falta de capacidade de atendimento até o mau atendimento. Como um sistema nacional poderia superar estes tipos de dificuldades vistos na saúde?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Santana </strong>- A oferta de serviços de saúde e de educação, que são direitos previstos no nosso marco legal, são de natureza muito distinta. Não há nenhum hospital, por exemplo, que tenha que atender o mesmo número de pessoas todos os dias ao longo de quatro, seis ou oito horas. Ao mesmo tempo, o usuário de saúde pode buscar qualquer unidade de atendimento do SUS, enquanto na educação o atendimento quase sempre é feito por uma única unidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No caso da educação, a constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação são claros quanto às responsabilidades da União, Estados, Distrito Federal e municípios. Cabe, portanto, estabelecer critérios de gestão da oferta pelos entes federados de forma articulada, colaborativa e normatizada por princípios comuns e tendo como perspectiva a garantia de um direito humano fundamental.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>UOL Educação</strong> - As desigualdades internas no país são gigantescas. Como um sistema geral poderia dar conta delas? Elas podem ser superadas com financiamento proporcional às necessidades?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Santana</strong> - Certamente uma das questões a serem resolvidas é um melhor equilíbrio entre as responsabilidades dos entes federativos quanto à oferta educativa e os recursos disponíveis por cada um deles. Uma reforma fiscal seria a melhor estratégia nesse sentido, mas de difícil viabilidade política no curto prazo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, estratégias como o Fundef [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério] e posteriormente o Fundeb [O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] têm cumprido um papel redutor das desigualdades, garantindo patamares mínimos de oferta. Entretanto, ainda persistem desigualdades na disponibilidade de recursos que precisam ser enfrentadas por essas políticas. Outro ponto importante é a necessidade de aumentar o montante global dos recursos a serem investidos em educação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A proposta de um sistema nacional de educação ou outro modelo de gestão da oferta educativa deve buscar ainda reduzir desigualdades quanto a padrões de atendimento (infra-estrutura de escolas, remuneração e condições de trabalho docente, etc.) e buscar alguma unidade no que diz respeito aos conteúdos ensinados nas escolas, respeitando-se, evidentemente, as diversidades regionais e locais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>UOL Educação</strong> - Como fazer com que uma política pública dure além do tempo dos mandatos do executivo no Brasil? Estamos muito longe disso?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Santana</strong> - É fundamental que o novo Plano Nacional de Educação seja construído a partir de acordos entre os entes federativos em relação aos principais desafios da educação nacional e as estratégias para enfrentá-los. Além disso, é fundamental o estabelecimento de metas realistas e ao mesmo tempo desafiadoras, que sejam monitoradas e avaliadas constantemente e com amplo controle social. Nesse sentido, é fundamental que o novo Plano defina também instâncias de gestão envolvendo os três entes federados e com participação social. Finalmente, é importante a vigilância junto aos poderes públicos nos três níveis para que o Plano Nacional de Educação, além dos planos estaduais e municipais, sejam a principal referência para a construção de políticas de governo. Essa tarefa está longe de ser simples, mas é condição fundamental para termos políticas duradouras de Estado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>UOL Educação</strong> – Quais são os critérios que devemos medir em uma educação de qualidade, além do desempenho e do fluxo de estudantes?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Santana</strong> - Quando falamos em qualidade nos referimos a formação inicial e continuada de docentes, a condições de trabalho adequadas e a políticas de valorização dos profissionais de educação, a conteúdos pertinentes e relevantes, a escolas inclusivas e que respeitem a diversidade dos alunos (de gênero, religião, orientações sexuais etc.) entre outros aspectos. </span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-14391545925132142692010-03-26T14:45:00.000-07:002010-03-26T14:45:37.457-07:00A Quinta-feira Santa<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no misterio da Paixão de Cristo, já que quem deseja seguí-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-lo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E por outro lado, o mesmo Senhor Jesus nos dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que temos todos os fiéis quando decide lavar os pés dos seus discípulos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Neste sentido, o Evangelho de São João apresenta a Jesus 'sabendo que o Pai pôs tudo em suas mãos, que vinha de Deus e a Deus retornava', mas que, ante cada homem, sente tal amor que, igual como fez com os discípulos, se ajoelha e lava os seus pés, como gesto inquietante de uma acolhida inalcansável.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São Paulo completa a representação lembrando a todas as comunidades cristãs o que ele mesmo recebeu: que aquela memorável noite a entrega de Cristo chegou a fazer-se sacramento permanente em um pão e em um vinho que convertem em alimento seu Corpo e seu Sangue para todos os que queiram recordá-lo e esperar sua vinda no final dos tempos, ficando assim instituída a Eucaristía.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor na qual Jesus, um dia como hoje, na véspera da su paixão, "enquanto ceava com seus discípulos tomou pão..." (Mt 26, 26).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos se reunissem e se recordassem dEle abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Antes de ser entregue, Cristo se entrega como alimento. Entretanto, nesta Ceia, o Senhor Jesus celebra sua morte: o que fez, o fez como anúncio profético e oferecimento antecipado e real da sua morte antes da sua Paixão. Por isso "quando comemos deste pão y bebemos deste cálice, proclamamos a morte do Senhor até que ele volte" (1Cor 11, 26).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim podemos afirmar que a Eucaristia é o memorial não tanto da Última Ceia, e sim da Morte de Cristo que é Senhor, e "Senhor da Morte", isto é, o Resuscitado cujo regresso esperamos de acordo com a promessa que Ele mesmo fez ao despedir-se: "Um pouco de tempo e já não me vereis, mais um pouco de tempo ainda e me vereis" (Jo 16, 16).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como diz o prefácio deste dia: "Cristo verdadeiro e único sacerdote, se ofereceu como vítima de salvação e nos mandou perpetuar esta oferenda em sua comemoração". Porém esta Eucaristia deve ser celebrada com características próprias: como Missa "na Ceia do Senhor".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta Missa, de maneira diferente de todas as demais Eucaristias, não celebramos "diretamente" nem a morte nem a ressurreição de Cristo. Não nos adiantamos à Sexta-feira Santa nem à noite de Páscoa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje celebramos a alegria de saber que esta morte do Senhor, que não terminou no fracasso mas no êxito, teve um por quê e um para quê: foi uma "entrega", um "dar-se", foi "por algo"ou melhor dizendo, "por alguém" e nada menos que por "nós e por nossa salvação" (Credo). "Ninguém a tira de mim,(Jesus se refere à sua vida) mas eu a dou livremente. Tenho poder de entregá-la e poder de retomá-la." (Jo 10, 18), e hoje nos diz que foi para "remissão dos pecados" (Mt 26, 28c). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por isso esta Eucaristia deve ser celebrada o mais solenemente possível, porém, nos cantos, na mensagem, nos símbolos, não deve ser nem tão festiva nem tão jubilosamente explosiva como a Noite de Páscoa, noite em que celebramos o desfecho glorioso desta entrega, sem a qual tivesse sido inútil; tivesse sido apenas a entrega de alguém mais que morre pelos pobres e não os liberta. Porém não está repleta da solene e contrita tristeza da Sexta-feira Santa, porque o que nos interessa "sublinhar" neste momento, é que "o Pai entregou o Seu Filho para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"(Jo 3, 16) e que o Filho entregou-se voluntariamente a nós apesar de que fosse através da morte em uma cruz ignominiosa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje há alegria e a Igreja rompe a austeridade quaresmal cantando o "glória": é a alegria de quem se sabe amado por Deus; porém ao mesmo tempo é sóbria e dolorida, porque conhecemos o preço que Cristo pagou por nós.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Poderíamos dizer que a alegria é por nós e a dor por Ele. Entretanto predomina o gozo porque no amor nunca podemos falar estritamente de tristeza, porque aquele que dá e se entrega con amor e por amor, o faz com alegria e para dar alegria.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Podemos dizer que hoje celebramos com a liturgia (1a. Leitura) a Páscoa. Porém a da Noite do Êxodo (Ex 12) e não a da chegada à Terra Prometida (Js 5, 10-ss).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje inicia a festa da "crise pascoal", isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte mas sim combatida por ela. A noite do sábado de Glória é o canto à vitória porém tingida de sangue, e hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor.</span></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-28059099012868926402010-03-26T14:41:00.000-07:002010-03-26T14:41:19.781-07:00Semana Santa. Você sabe o que significa?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Semana Santa começou a ser celebrada no ano de 325 d.c. através do concílio de Nicéia. Naqula ocasião o Imperador Constantino já havia transformado o Império Romano em um Império Cristão e dái também começou a patrocinar a Semana Santa com a regência do papa Silvestre I.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A escolha dos dias que envolve a semana santa parte da escolha do domingo de Páscoa. O dia de páscoa é escolhido com base nas fases da lua cheia. O primeiro domingo logo após a primeira lua cheia do outono (hemisfério sul) ou da primavera (hemisfério norte) é o domingo de Páscoa. A partir desta data é que são marcados todos os outros dias vinculados a esta festa importante tais como> O carnaval, a quaresma, a quarta-feira de cinzas, o domingo de ramos a sexta-feira santa, a ascenção do Senhor, penstecostes, santíssima trindade e dia de Corpus Christe.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O sentido religioso da Semana Santa é uma reflexão sobre os últimos momentos de Jesus e o porquê da comemoração da Páscoa. A celebração começa no Domingo de Ramos onde é lembrada a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina no Domingo de Páscoa onde comemoramos a sua Ressurreição. Não há Páscoa sem a Semana Santa.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-3156266612545060212010-03-20T13:57:00.000-07:002010-03-20T13:57:46.392-07:00Imagem esfacelada<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para qualquer leigo é perceptível que, ao longo do tempo, a imagem do professor tem se transformado e a relação aluno-docente é retratada de diversas formas pelos meios de comunicação. Mas a professora de língua portuguesa dos ensinos fundamental e médio Daniella Barbosa Buttler quis comprovar a teoria a partir de um estudo aprofundado. Em seu doutorado em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Daniella desenvolveu a tese A imagem esfacelada do professor - um estudo em textos de revistas e concluiu que a projeção dos professores é tão difusa que inclui questões de gênero, saudosismo e até idealização versus atuais condições para o exercício docente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"O trabalho teve como proposta refletir acerca da imagem da atividade docente, construída em textos destinados aos professores e ao público em geral, assim como identificar qual discurso algumas revistas difundem sobre e para o professor", explica Daniella. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dos 400 textos lidos nas revistas, apenas nove crônicas usavam o trabalho do professor como tema, sendo de diferentes autores e épocas, mas todas publicadas sempre em outubro, mês em que se comemora o Dia do Professor. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Interessante notar que, durante a seleção dos textos, não encontramos crônicas que abordassem o tema de outro profissional. Isso acontece porque a escola e o trabalho docente são muito presentes na vida das pessoas. Todos passaram por um ambiente escolar em alguma época da vida. Por isso os cronistas se sentem à vontade para falar do trabalho do professor", afirma. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo Daniella, as revistas mostraram-se muito voltadas para um modelo romântico do professor ideal. Todos os docentes do passado eram mulheres, remetendo à figura materna. Para a autora, a maioria das crônicas mostra que, por meio do olhar das escritoras das décadas de 30, 40 e 50, pode-se contemplar o que seria a "figura perfeita" do professor em sala de aula. Os profissionais representariam esse professor que consegue dosar, na medida certa, afetividade e competência. Os enunciadores conheceram uma figura "perfeita" e agora buscam perpetuar o modelo romântico de professora ideal que tanto os inspirou.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um outro conjunto de crônicas mostra que o saudosismo em relação à figura do professor é recorrente. Ela usa como exemplo um discurso da atriz Fernanda Montenegro para o então presidente Fernando Henrique Cardoso, quando homenageada com a Gran-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, após receber a Palma de Ouro do Festival de Cannes de melhor atriz pelo filme Central do Brasil. Em um trecho, ela diz: "As primeiras coisas que decorei na minha vida foram dois poemas que Dona Carmosina mandou que decorássemos. [...] Senhor Presidente, precisamos de muitas Carmosinas e, se possível, nenhuma Dora".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Daniella vê na fala indícios desse saudosismo. "Percebe-se que o desejo da atriz é transformar Dora [personagem do filme Central do Brasil] e todas as professoras do presente em Donas Carmosinas porque, segundo ela, as professoras do passado não eram impedidas de agir. A professora do passado mandou e atingiu a eficácia."</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em outro periódico, as crônicas mostram um contraponto: os professores do passado exigiam, portanto eram atores; os do presente se apresentam impotentes para o agir por diversas razões, sendo agentes. "As crônicas têm o debate valorativo entre o aluno do passado e o do presente; o professor do passado e o do presente e as condições de trabalho. O aluno do passado tanto quanto o do presente faz suas reivindicações e também suas recusas. O que há de fato é que, na figura do narrador-aluno que conduz a crônica, temos uma espécie de aluno modelo, que se coloca individualmente. Considero, então, que o que realmente muda é a postura de um aluno no geral, já que ele demonstra muita prepotência e onipotência", explica.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com relação à mecânica dessas relações no passado, Daniella observou "vozes" de professores que davam ordens e ameaçavam os alunos; de alunos que falavam que o professor não explicava a matéria; pais que pareciam "aterrorizados" com o ponto de vista científico do professor; pais que reclamavam do agir do professor e de outros que incentivavam o seu filho a frequentar a escola. Todavia, todos os conflitos não atingiam o trabalho e a carreira docente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Os textos centram-se justamente nessa questão: na construção da representação de uma professora ideal e de seu papel. Apresenta o modelo desse professor, mas não revela os elementos responsáveis para que esse ideal se concretize no processo de ensino-aprendizagem, a não ser o que é da natureza desse professor", afirma Daniella. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os professores, porém, já não são os mesmos: não existem mais exigências contundentes e muito menos a tentativa de realização dos alunos por meio dos estudos. Nas crônicas fica claro que a aprovação é automática, e o professor é impedido de trabalhar por diferentes razões. Alguns dos indicadores desse mal-estar docente são explicitamente apontados nos textos: a avaliação recorrente dos alunos e pais; o trabalho fora do horário; a preparação; a violência nas instituições escolares; a falta de remuneração adequada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Daniella avalia que no presente há uma re-configuração negativa. Os verbos estão todos na voz passiva, sem o agente, o que revela que ninguém é responsável pelo tratamento dado ao professor. "O docente é impedido de agir: é impotente, objeto do agir do outro, subordinado à família e aos seus alunos, semelhante ao proletariado. Tem aluno prepotente e onipotente. Todos os conflitos atingem o professor diretamente." </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além disso, a professora diz que é possível perceber, nos enunciados verbais estudados, que a identidade do professor é construída pela mídia na relação língua, imagem, discurso e história, ou seja, a mídia se transforma em suporte de historicidade. Para Daniella, da vida real do professor a mídia mostra apenas o lado negativo. "Assim, o professor passa a fazer parte de uma categoria atacada e responsabilizada pela crise da educação brasileira. O professor é excluído pelo discurso que o desqualifica e o desmoraliza." </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quanto ao título do trabalho, Daniella explica que a imagem de qualquer trabalhador é esfacelada. "Não há uma representação, uma imagem, há várias de um mesmo profissional. Daí a conclusão de que essa imagem é esfacelada pelos múltiplos papéis que o professor desempenha; pelas teorias pedagógicas que mostram a importância do vínculo afetivo com o aluno; a remuneração em descendência; a multiplicação das horas de trabalho; o descontentamento e descrédito da população e das instituições governamentais que culpam os professores; a atividade vista como prestação de serviços; a heterogeneidade na classe dos trabalhadores; o desenvolvimento científico acelerado; o excesso de alunos em sala e a pouca motivação dos alunos", explica.</span><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Opção pelo cotidiano</span></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em sua tese de doutorado, Daniella Barbosa analisou crônicas publicadas em duas revistas: uma voltada para o público docente e de âmbito nacional e outra distribuída em São Paulo para o público em geral. Na pesquisa foram investigadas as chamadas "re-configurações construídas em textos sobre o trabalho do professor". A autora fez um levantamento sobre as características do agir do professor em situação de trabalho, sobre as quais foram identificadas formas linguístico-discursivas que permitiram detectar essas re-configurações. A crônica foi escolhida por tratar temas do cotidiano e o período de 2000 a 2006 aponta para uma mudança de paradigma do docente, sobretudo porque no início do século XXI ecoavam as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que tendo sido lançados na última década do século XX orientaram uma profunda mudança na história da educação brasileira.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os resultados da análise dos textos da revista voltada para o educador foram divididos em duas partes: as crônicas e os roteiros. As crônicas revelaram um saudosismo em relação ao docente do passado. Já os roteiros de reflexão para professores evidenciaram um locutor que se dirige ao "professor", com verbos no imperativo sem camuflar o caráter prescritivo, e tomando como modelo o professor do passado, sem considerar as condições sócio-históricas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na análise dos textos da revista de São Paulo a autora encontrou um contraponto e um confronto entre os professores do passado e os da atualidade: os primeiros exigiam e agiam, enquanto os segundos se apresentam como impotentes para o agir, devido à mudança das relações e papéis entre professor, aluno, pais e direção de escola. "Notamos que as crônicas da primeira revista re-configuram o professor como era em um passado longínquo, em que as condições sociais de trabalho eram diferentes, mas mesmo assim a revista coloca esse professor como sendo o professor ideal para os dias de hoje, o que vemos nos roteiros. Já as crônicas da segunda revista mostram como são os professores da atualidade, com seus múltiplos problemas reais, que fazem oscilar o seu papel tradicional."</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: right;">Adriana Natali</div><br />
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</span><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-70032171284528888262010-03-03T11:27:00.000-08:002010-03-03T11:27:37.848-08:00Sua majestade, o professor<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Num tempo em que a concorrência entre as instituições de ensino superior se acirra, a questão da sobrevivência das organizações coloca-se como preocupação central para muitos gestores. O que faz a diferença nesse contexto? A infra-estrutura, a gestão ou o relacionamento entre alunos, professores e funcionários?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma pesquisa realizada pelo sociólogo Gilson Borda, que resultou na sua tese de doutorado, defendida na Universidade de Brasília, contém algumas ideias que podem ajudar as instituições a se posicionarem nesse contexto. A partir de questionários e entrevistas aplicadas a 351 alunos de duas instituições de ensino superior particulares do Distrito Federal, Borda concluiu que um bom professor vale mais do que instalações luxuosas. O resultado é válido para 80% dos estudantes que participaram do estudo e está relacionado, segundo o autor do trabalho, a uma mudança das relações que estão em curso no mundo contemporâneo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além de alunos, que responderam a um questionário com questões semi-abertas, foram entrevistados 14 gestores e profissionais das duas instituições. Uma delas existe há mais de 40 anos e localiza-se no Plano Piloto (área central de Brasília); a outra é pequena, nova e fica numa cidade-satélite (periferia). O autor conta que optou por investigar instituições com perfis diferentes para obter mais abrangência de resultados.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Na segunda metade do século passado prevaleciam o capital econômico e o capital intelectual como valores das organizações. No cenário atual, o capital social está ganhando cada vez mais espaço como fundamento da relação de confiança que uma organização estabelece com as pessoas", diz Borda, explicando que capital social diz respeito às relações das instituições com clientes, prestadores de serviço, funcionários ou a comunidade em geral. Na opinião dele, a importância do capital social só tende a aumentar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E, nesse processo, os professores desempenham um papel fundamental, afinal, são eles que convivem com os estudantes no dia a dia, constituindo-se na face mais visível da instituição. "O professor consolida ou não a confiança que o aluno mantém com a instituição de ensino", sintetiza o pesquisador. Ele considera que a sobrevivência das instituições está relacionada ao estabelecimento de relações de confiança, sobre as quais se constrói a credibilidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para Borda, esse resultado implica o rompimento de algumas ideias preconcebidas, como a de que a imagem se constrói apenas por meio de uma comunicação eficiente. "A espiral de confiança é construída à medida que são reforçados os valores fundamentais", explica o pesquisador. Ele constatou um grau de satisfação maior dos alunos da instituição mais nova e menor, onde os resultados indicam a existência de maior engajamento dos professores. Por isso, ele reitera que o capital econômico e tudo que se associa a ele (investimento em infraestrutura, por exemplo) está vinculado ao capital social (o bom ou mau relacionamento com alunos, por exemplo). Novamente, os docentes são fundamentais nesse processo: o estudo aponta que a qualificação dos professores é o principal fator de atração de uma instituição .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para Fábio José Garcia dos Reis, diretor de operações do Centro Unisal, em Lorena, no interior de São Paulo, o reconhecimento da importância do professor numa instituição educacional é algo que se constata ao longo da história e continua valendo até hoje. "Os professores tornam-se referência pelas suas publicações, pelo relacionamento com o mercado, pela sua capacidade de elaborar novos projetos e serviços e pelas diversas conversas com os alunos na orientação para o estudo, pesquisa ou trabalho", afirma. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para Roberto Lobo Leal e Silva Filho, diretor da consultoria Lobo & Associados, o professor é o "DNA da instituição". "Não adianta ter um salão de mármore se os professores forem omissos", sintetiza. Entretanto, ele considera que o professor tem peso maior ou menor dependendo do perfil da instituição. "Nas instituições de massa, o valor da mensalidade pode ser um forte fator de atração", analisa. Mas mesmo nessas instituições, ressalva o consultor, não se pode esperar a oferta de um ensino de qualidade somente com professores horistas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Reis se contrapõe, enfatizando que a credibilidade não está relacionada, necessariamente, ao tempo de dedicação do professor, embora reconheça que é importante ter muitos docentes vinculados a fim de se levar adiante projetos de pesquisa, ensino e extensão. "É ideal, mas o alto custo torna isso inviável para muitas instituições privadas."</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Titulação é atrativo</span></strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao realizar a pesquisa para a sua tese de doutorado pela Universidade de Brasília, o sociólogo Gilson Borda pediu, em questionário distribuído aos alunos, que eles enumerassem, de forma classificatória (1º, 2º, 3º lugar), o que mais os atraiu no momento de escolha de uma instituição de ensino superior. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para 86,6% dos participantes, a qualificação e a titulação dos professores foram marcadas como um dos cinco atrativos mais importantes para a escolha da instituição, distribuídos da seguinte forma: 32,5% dos alunos consideram a qualificação dos professores como o item mais importante; 20,7% como o segundo item; 13,6% como terceiro; 9,3% indicaram como quarto item e 10,5% marcaram como quinto fator. Apenas 1,9% dos participantes enumeraram a qualificação e a titulação dos professores como item menos importante entre os expostos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em sua tese, Borda observa que a marca da instituição também é um fator de referência para a credibilidade. "Em um momento inicial, caso o aluno não conheça o professor, ou não tenha informação suficiente sobre ele, é [a instituição educacional] quem pode validar o docente e sua formação", escreve. Em outros casos, especialmente se a instituição está em fase de desenvolvimento de sua imagem institucional, é o professor, pelo seu bom currículo, que gera valor e atratividade para a marca. </span></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-78160291385807301752010-03-03T11:23:00.000-08:002010-03-03T11:23:17.396-08:00País cumpre só 1/3 das metas para a educação<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um dos levantamentos mais abrangentes já realizados sobre a última década, feito sob encomenda para o Ministério da Educação, revela que só 33% das 294 metas do Plano Nacional de Educação, criado por lei em 2001, foram cumpridas, informa a reportagem de Angela Pinho e Larissa Guimarães publicada nesta quarta-feira (3) pela Folha. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O estudo, que abrange o período de 2001 a 2008, aponta ainda alta repetência, baixa taxa de universitários --apesar dos programas criados nos últimos anos-- e acesso à educação infantil longe do proposto. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Criado para implantar políticas educacionais que sobrevivam a trocas de governo, o plano atribui metas a União, Estados e municípios. Muitas delas não têm indicador que permita acompanhar sua execução. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O governo Lula disse que o relatório é preliminar, prometeu dobrar o atendimento de crianças em creches e citou avanços em indicadores dos ensinos fundamental e médio.</span></div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3060104053633519617.post-80058428614614317292010-02-14T15:09:00.000-08:002010-02-14T15:09:44.775-08:00Profissão: docente<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No difícil e urgente tema da formação de professores, poucos autores são tão citados como o português António Nóvoa. Reitor da Universidade de Lisboa, Nóvoa ressente-se de ter reduzido o tempo para escrever e pesquisar. Mesmo assim, vem propondo novas perspectivas para a compreensão do problema, que tem dimensões planetárias. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora, por exemplo, dedica-se ao que chama de "construir lógicas de comparação" entre os sistemas educativos em diferentes países do mundo, inclusive aqueles que não adotaram as métricas de avaliação mais difundidas, como o Pisa (sigla em inglês que designa o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao mesmo tempo, Nóvoa vem produzindo artigos e ensaios que originaram o livro <strong>Os professores - Imagens do futuro e do presente</strong>, recém-lançado em Portugal, e que espera publicar em breve também no Brasil. E já sonha com o próximo. <strong>"Nos tempos que correm, de tanto ruído e agitação, gostaria muito de escrever um livro sobre a pedagogia do silêncio"</strong>, conta na entrevista concedida, via e-mail, ao repórter Paulo de Camargo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>No Brasil, vivemos um momento de grande discussão sobre a formação do professor, o que inclui a formação inicial, nas universidades, até a valorização dos profissionais mais experientes. Hoje, esta é uma questão mundial?</strong></span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É uma questão de âmbito mundial. Num texto recente, apresentei cinco teses sobre a formação de professores, que respondem à sua pergunta. É impossível desenvolvê-las, mas posso enunciá-las. A formação de professores deve: </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">a) assumir uma forte componente prática, centrada na aprendizagem dos alunos e no estudo de casos concretos;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">b) passar para "dentro" da profissão, isto é, basear-se na aquisição de uma cultura profissional, concedendo aos professores mais experientes um papel central na formação dos mais jovens; </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">c) dedicar uma atenção especial às dimensões pessoais, trabalhando a capacidade de relação e de comunicação que define o tato pedagógico; </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">d) valorizar o trabalho em equipe e o exercício coletivo da profissão; </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">e) estar marcada por um princípio de responsabilidade social, favorecendo a comunicação pública e a participação dos professores no espaço público da educação.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Onde está o coração do problema da formação dos professores? É a reestruturação dos cursos de pedagogia? Ou são as políticas de apoio ao professor nos primeiros anos de atuação, ou ainda as estratégias de formação em serviço?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todos esses aspectos devem ser considerados. Chegou o tempo de fazermos uma verdadeira revolução na formação de professores. O que existe é frágil. A interligação entre as questões do ensino, da investigação e das práticas escolares e a participação efetiva dos profissionais na formação dos futuros professores são fundamentais para que se crie um novo modelo de formação de professores. Não nascemos professores. Tornamo-nos professores por meio de um processo de formação e de aprendizagem na profissão. É neste sentido que falo de passar a formação de professores para "dentro" da profissão. Quem forma os médicos são outros médicos. O mesmo devia acontecer na profissão docente.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Pelo que conhece do Brasil, quais são as principais distorções no sistema atual de formação de professores?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ouço muitas críticas. Pelo meu lado, tenho procurado chamar a atenção para dois momentos fundamentais que têm sido ignorados ao longo das últimas décadas, não só no Brasil, mas em muitos países, o que revela bem a confusão que hoje existe nas políticas e nos programas de formação de professores. O primeiro momento corresponde à entrada num curso que habilita para a docência. O atual processo, burocrático e administrativo, não faz qualquer sentido. É urgente introduzir um recrutamento mais individualizado, que permita perceber as inclinações e as disposições de cada um para se tornar professor. E é preciso criar as condições para que os melhores alunos do ensino médio escolham a profissão docente. Ser professor não pode ser uma segunda escolha. O outro momento é a transição de aluno (como se dizia no passado, de aluno-mestre, isto é, de aluno que aprende para ser mestre) para professor principiante. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os primeiros anos de exercício docente são absolutamente fundamentais. E ninguém cuida destes anos, nos quais se define grande parte do percurso profissional de cada um. É urgente criar formas de acolhimento, de enquadramento e de supervisão dos professores durante os primeiros anos da sua atividade profissional.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Uma política de piso salarial, como a que está sendo implementada no Brasil, por si só é garantia de aprimoramento no sistema? Ou é uma condição necessária, mas não suficiente?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É uma condição necessária, mas não suficiente. A sociedade pede aos professores que resolvam todos os problemas das crianças e dos jovens, e acredita que é na escola que se define um futuro melhor. A sociedade pede quase tudo aos professores e dá-lhes quase nada. É um contrassenso, para não dizer uma hipocrisia. A profissão de professor necessita de ser revalorizada do ponto de vista salarial, mas também no que diz respeito ao seu estatuto social e profissional. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>No Brasil, frequentemente é apontado o corporativismo da classe profissional dos professores, que recusa, por exemplo, políticas de remuneração por mérito ou desempenho, bem como práticas de avaliação de sua atuação profissional. Como o senhor vê esses temas?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tenho chamado a atenção para uma nova profissionalidade docente, que passa por quatro aspectos: formação, cultura profissional, avaliação e intervenção pública. Em todos eles, advogo um maior poder dos professores sobre a sua própria profissão, invertendo tendências das últimas décadas. Já falei da formação. Falarei agora da avaliação. É uma dimensão central de qualquer profissão. A crise da educação só será superada através de uma exigente prestação de contas. A confiança e a credibilidade são essenciais para o trabalho dos professores. E conquistam-se em grande parte por meio da avaliação e da comunicação pública com a sociedade. Mas os dispositivos de avaliação devem servir para reforçar a autonomia dos professores e não para um maior controle do Estado ou para impor critérios economicistas na regulação da profissão.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Certa vez, o senhor apontou a contradição das políticas de iniciação profissional dos professores brasileiros, ou seja, os mais inexperientes acabam nas periferias, nas escolas ditas 'difíceis'. Como, a seu ver, deveriam ser os primeiros anos de trabalho do professor?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os jovens professores deveriam ser protegidos nos primeiros anos de exercício. Como os médicos. Ninguém começa sozinho a fazer operações complexas para, à medida que se torna um médico mais experiente e competente, se dedicar apenas a curar constipações. Devia ser assim também com os professores. As situações escolares mais difíceis deviam estar a cargo dos melhores professores. Infelizmente, é para estas situações que os jovens professores são muitas vezes lançados sem qualquer apoio. É um erro de graves consequências.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>O senhor acredita nos modelos de tutoria (ou coaching) dos professores mais novos por profissionais da educação mais experientes?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sim. É muito importante a socialização profissional que é feita pelos mais experientes junto dos mais jovens. A transição de uma cultura de isolamento para uma cultura colaborativa é um aspecto decisivo para os professores. Trabalho em equipe. Colaboração. Partilha. Sem isso, é impossível enfrentar os problemas educativos atuais. Nem todos os professores são iguais. É preciso que haja referências dentro da profissão - aqueles professores que reconhecemos como profissionais de grande competência e dedicação e que devem ter um papel no enquadramento dos mais jovens.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Há uma corrida no mundo pelos indicadores de qualidade - basicamente, o desempenho dos jovens no campo da leitura e dos números, em projetos de avaliação como o Pisa. O foco exclusivo nesses índices não acaba por induzir a uma visão limitada do que seja o papel da educação?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje em dia, esse tipo de estudos de avaliação cumpre uma função essencial nas políticas educativas no plano internacional. São indicadores que traduzem uma visão empobrecida da educação, mas que não podem ser ignorados. É preciso fazer a sua leitura crítica, a sua interpretação e construir modelos alternativos de comparação. Uma parte do meu trabalho nos últimos anos tem sido, justamente, a tentativa de construir lógicas de comparação entre países que não estejam prisioneiros dessas "hierarquias" e que nos permitam um olhar crítico sobre os sistemas educativos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Com o advento das novas tecnologias e com a crise dos modelos educacionais, muitos pesquisadores começaram a prever o surgimento de uma nova escola. O senhor está entre aqueles que acreditam em mudanças profundas no modelo tradicional da escola? Ou estamos a aprimorar uma concepção bancária de educação, como diria Paulo Freire?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De fato, não tem havido a produção de um novo modelo de escola. As tecnologias são muito importantes e têm contribuído para algumas mudanças no ensino e na aprendizagem. Mas elas, por si só, não alterarão o nosso modelo de escola. Se perdermos o sentido humano da educação, perdemos tudo. Só um ser humano consegue educar outro ser humano. Por isso tenho insistido na importância das dimensões pessoais no exercício da profissão docente. Precisamos de professores interessantes e interessados. Precisamos de inspiradores, e não de repetidores. Pessoas que tenham vida, coisas para dizer, exemplos para dar. Educar é contar uma história, e inscrever cada criança, cada jovem, nessa história. É fazer uma viagem pela cultura, pelo conhecimento, pela criação. Uma viagem, para recorrer a Proust, na qual mais importante do que encontrar novas terras é alcançar novos olhares. É nesse sentido que apreendo, hoje, o contributo tão significativo de Paulo Freire para pensar a educação numa perspectiva crítica e progressista.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Para finalizarmos, o senhor poderia sintetizar qual deve ser a função do professor na educação contemporânea? A que requisitos deve atender, como deve ser sua formação?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sabemos todos que é impossível definir o "bom professor", a não ser através dessas listas intermináveis de "competências", cuja simples enumeração se torna insuportável. Mas é possível, talvez, esboçar alguns apontamentos simples, sobre o trabalho docente nas sociedades contemporâneas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O conhecimento. Aligeiro as palavras do filósofo francês Alain: Dizem-me que, para instruir, é necessário conhecer aqueles que se instruem. Talvez. Mas bem mais importante é, sem dúvida, conhecer bem aquilo que se ensina. Alain tinha razão. O trabalho do professor consiste na construção de práticas docentes que conduzam os alunos à aprendizagem. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A cultura profissional. Ser professor é compreender os sentidos da instituição escolar, integrar-se numa profissão, aprender com os colegas mais experientes. É na escola e no diálogo com os outros professores que se aprende a profissão. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O tato pedagógico. Quantos livros se gastaram para tentar apreender esse conceito tão difícil de definir? Nele cabe essa capacidade de relação e de comunicação sem a qual não se cumpre o ato de educar. E também essa serenidade de quem é capaz de se dar ao respeito, conquistando os alunos para o trabalho escolar. No ensino, as dimensões profissionais cruzam-se sempre, inevitavelmente, com as dimensões pessoais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O trabalho em equipe. Os novos modos de profissionalidade docente implicam um reforço das dimensões coletivas e colaborativas, do trabalho em equipe, da intervenção conjunta nos projetos educativos de escola.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O compromisso social. Podemos chamar-lhe diferentes nomes, mas todos convergem no sentido dos princípios, dos valores, da inclusão social, da diversidade cultural. Educar é conseguir que a criança ultrapasse as fronteiras que, tantas vezes, lhe foram traçadas como destino pelo nascimento, pela família ou pela sociedade. Hoje, a realidade da escola obriga-nos a ir além da escola. Comunicar com o público, intervir na sociedade, faz parte do ethos profissional docente.</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: right;">Paulo de Camargo</div><div style="text-align: right;"></div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Aldecyhttp://www.blogger.com/profile/01217661980920171959noreply@blogger.com0