sábado, 24 de outubro de 2009

Aluno de 12 anos agride professora em Florianópolis

Agressão física e ofensas verbais de um aluno de 12 anos da 5ª série do Ensino Fundamental contra sua professora de português viraram caso de polícia. O fato ocorreu ontem, em Florianópolis, na sala de aula do Instituto Estadual de Educação (IEE), maior colégio público de Santa Catarina, atualmente com cerca de cinco mil alunos matriculados.A repreensão da professora ao adolescente que brincava com o celular enquanto a aula era dada deu origem à briga. Segundo versão da professora, que preferiu não se identificar, o aluno se recusou a guardar o celular ao seu primeiro pedido. Quando pediu para que o aparelho lhe fosse entregue, o aluno levantou-se da carteira e partiu em sua direção com agressões verbais e físicas."Me deu um tapa no braço e veio para me dar um soco. Eu disse que se ele tivesse este tipo de atitude teria que encaminhá-lo para a polícia", relatou a professora.Com o adolescente descontrolado e chutando carteiras de outros alunos, a professora pediu o auxilio de um coordenador, sendo os dois encaminhados para a direção da escola. Em seguida, a professora procurou a polícia para fazer um boletim de ocorrência. Conforme a professora, esta foi sua primeira agressão física feita por um aluno em 21 anos de magistério.Com histórico de agressões verbais a outros professores, o adolescente foi afastado da escola, preliminarmente, por um período de sete dias, podendo ser afastado definitivamente. A professora recebeu folga por tempo indeterminado. A diretora geral do IEE, Gilda Mara Marcondes, defendeu a professora. "Ela ficou ferida no braço mas também no coração. Isso abala", comentou.Este não foi o primeiro caso de agressão no ambiente interno do IEE neste ano. Na primeira quinzena de agosto deste ano, uma mãe de aluno entrou no colégio e agrediu violentamente, com tapas e pontapés, uma professora. A mãe justificou o ato à denúncia da filha de oito anos que sua professora lhe batia.Por conta da repercussão do caso as aulas chegaram a ser suspensas. Cerca de 100 professores da instituição repudiaram a atitude violenta em passeata pelas principais ruas da cidade. Pelo menos outras três agressões graves contra professores foram registradas em 2008 e 2009 em Florianópolis.

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